Rainha 'ostentação' já gastou R$ 1 mi com plásticas e come 25 ovos por dia
Thalita Zampirolli, rainha de bateria da Unidos de Padre Miguel, desfilou neste sábado (10) pela série Ouro do Rio. Ela é conhecida pela "ostentação", sempre caprichando na quantidade de brilho e cristais. Esse ano são mais de 800 mil pedras Swarovski em sua fantasia, avaliada em R$ 200 mil.
Em conversa exclusiva com a coluna, pouco antes de cruzar a Sapucaí, Thalita, que também ostenta um "shape" trincado, contou sua preparação:
"Como 25 ovos por dia e treino há mais de 10 anos sem parar. Amo treinar e não consigo ficar longe da academia por muito tempo. Faço muitos tratamentos estéticos o ano inteiro, como por exemplo botox e preenchimento labial. Também sou a louca da massagem e, neste período, não tem como ficar sem, só de massagem gasto R$ 6.000 por mês".
A rainha é uma mulher trans e, para estar realizada com sua aparência, já gastou mais de R$ 1 milhão em cirurgias plásticas e procedimentos estéticos.
"Para me tornar a mulher que sou, precisei investir muito na minha aparência. Estou desde os 18 anos realizando mudanças estéticas e busco sempre com os melhores profissionais. Nestas horas não fico contando moeda, é a minha vida que está em jogo e eu tenho muito medo de morrer", alerta Thalita, que desabafa: "Nem sempre olhei para mim e me amei. Não me aceitava e não me via no corpo que nasci. Graças a Deus tenho uma família incrível que sempre me apoiou e me ajudou a fazer esta transição".
Ela conta que sempre desejou o posto em uma escola de samba e, muito antes das intervenções cirúrgicas, já se via na Sapucaí:
Desde pequena me via passista, rainha de bateria. Ficava na frente da televisão vendo os desfiles, era apaixonada pela Globeleza. Pegava uma toalha, colocava na cabeça para fingir que era cabelo, pintava meu corpo todo com tinta guache e jogava purpurina e me acabava de sambar. Enquanto minhas amigas queriam ser passistas, eu queria ser a Globeleza. Realizei este sonho de ser rainha de bateria de uma grande escola de samba na Sapucaí.
Thalita sabe que seu reinado traz representatividade:
Estou levantando uma bandeira muito importante que é da coragem, da aceitação, do respeito e da igualdade. Sempre quis mostrar que a mulher trans pode ser e estar onde ela quiser. Não pode existir um limitador, ninguém pode acabar com os nossos sonhos e determinar o nosso lugar. Somos seres humanos e somos todos iguais.
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