Com 'Numanice #3', Ludmilla é a rainha do pagode: 'Poucos acreditavam'
Ludmilla deu mais um passo em seu projeto de sucesso no pagode e lançou ontem o aguardado "Numanice #3 - Ao Vivo".
O álbum, que chega acompanhado de um registro audiovisual feito no Mirante Dona Marta, no Rio, já é apontado pelos fãs — e este colunista concorda — como a melhor parte do projeto da cantora, que se consolida, definitivamente, como a "rainha do pagode".
Em entrevista exclusiva à coluna, Ludmilla revisita o início do "Numanice", que surgiu em 2020, e conta os desafios enfrentados. Hoje, ela também passeia em seus shows pelo pop, trap e funk, entre outros ritmos.
"Foram muitos os desafios com o Numanice. A começar pelo EP.. Pouquíssimas pessoas acreditavam no projeto. Muitas coisas foram feitas apenas com a minha coragem e disposição, então tudo foi desafiador demais", relembra.
O desafio também aconteceu por se tratar de uma mulher no pagode, ambiente que sempre teve mais homens.
"Fácil não foi, mas estava muito focada em fazer o projeto acontecer, acreditando demais nele. Com isso fui transpassando as barreiras. E, também, fui abraçada por uma galera do gênero, que prestigiou o Numanice desde o começo. Isso me deu tanto ânimo para seguir. Sou muito grata por isso".
No "Numanice #3", Ludmilla conta com participações, entre elas Belo, Carol Biazin, Menos é Mais e Mari Fernandez. A cantora diz que busca parceiros que conversem musicalmente com o que ela gosta de ouvir.
"A música é muito plural e, naturalmente, vou misturando. Nem sempre é algo planejado… é muito mais intuitivo", afirma.
O novo trabalho conta com músicas inéditas e algumas regravações, uma delas "Espelho", que fez parte do álbum pop "Hello, Mundo" e agora ganha o mundo como pagode. "Maliciosa", também presente, foi um dos hits do Carnaval. Destaque também para "Falta de mim".
Referência em festa
Além do álbum, Ludmilla se tornou referência em fazer festas com o show do "Numanice". Ela tem lotado estádios em um evento com área open bar e estrutura de festival.
Questionada se pensa em ensinar a "fórmula" de criar um evento tão grande e investir em palestras, a artista diz: "Hum, será? Acho que vem aí hein!".
Para Ludmilla, o Numanice é um quintal de casa ampliado:
O Numanice virou referência porque sempre pensei nele como uma versão maior das festas que faço em casa: com muita música, amigos, alegria, alto astral, comes e bebes…e acompanho isso bem de pertinho para o público ter a melhor experiência possível e acho que estamos no caminho, tanto que vamos fazer uma edição diferente, né? O navio [Cruzeiro Numanice, em março] está vindo aí e vai ser outra experiência incrível.
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