'Sem herança' do pai, Ronald fatura R$ 200 mil por mês e diz se é nepobaby

Falar que eu 'rejeito' a herança dos meus pais é um termo muito forte. Mas não faço nada na minha vida esperando essa herança. Meu pai brinca que não deixará nada para os filhos, e eu sigo esperando que isso aconteça. Corro atrás, conquisto as minhas coisas e ganho meu dinheiro. Meus pais são a minha rede de segurança, mas não só financeira, principalmente emocional. Ronald Nazário.

Para chegar ao cachê atual, foram dez anos de carreira e muito estudo: "Comecei a me interessar por volta dos 12 anos, me apresentando na época para conhecidos e família. Isso tudo começou em Ibiza, depois que meu pai comprou uma casa lá e passou a nos levar para as férias de verão. Passei a observar os DJs e aprendi muito visualmente".

Decidido a seguir carreira na música, Ronald, além de fugir das expectativas de muitos — que imaginavam que ele seria jogador de futebol, algo que ele nem gosta — teve que lidar com um certo preconceito por ter escolhido ser DJ.

Me lembro da época em que qualquer ex-BBB 'atacava' de DJ, né? E eu também estava começando. Saiam matérias minhas com a manchete: 'Filho de Ronaldo ataca de DJ'. Eu odiava. Me desmerece demais. Nunca ataquei nada, é a profissão da minha vida, Ronald.

'Nasci com o holofote no rosto'

Por mais que queira seguir seus próprios passos — e até "rejeitar" a herança dos pais —, Ronald sabe que carregará para sempre a marca de ser "filho de Ronaldo Fenômeno e Milene Domingues".

"Já nasci com um holofote no meu rosto, né? Tive 24 anos para me acostumar com o fardo da fama e, por muito tempo, um fardo que não foi consequência das minhas próprias ações. Hoje em dia, claro, continuo sendo conhecido muito mais como filho do Ronaldo do que como DJ, mas estou trabalhando para que valorizem meu trabalho pelos meus méritos", afirma.

Nepobaby?

Questionado pela coluna se — assim como Sasha Meneghel, que afirmou recentemente ser uma "nepobaby" — também reconhecia seus privilégios por conta dos pais, Ronald diz:

Não estou atualizado com essa terminologia [nepobaby]. Mas, com certeza, me considero privilegiado. Inúmeras oportunidades na minha vida só foram apresentadas devido aos contatos e a posição que meus mais me permitiram ter. Mas abrir portas não é o suficiente, tive que fazer por merecer e mostrar o mínimo de competência ha hora que as oportunidades foram apresentadas.

O DJ continua:

"Sou muito privilegiado. Não quero que falem de mim como 'história de superação', porque não é. Tenho consciência dos meus privilégios e não sinto vergonha em utilizá-los. Aproveito o máximo deles".

Reafirmando a busca por ser conhecido por sua dedicação à profissão e estudo, Ronald afirma:

Muitos vão assistir minhas apresentações por conta do meu sobrenome, e eu uso isso a meu favor. Quando me assistem, percebem que sei o que estou fazendo.