Lucas Pasin

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Gagliasso nega calote de R$ 3 milhões em corretor: 'Acusação difamatória'

Bruno Gagliasso viu seu nome envolvido em notícias sobre um suposto calote nos últimos dias. Ele foi notificado extrajudicialmente pelo corretor Marco Antônio Pinheiro, que afirmou ter auxiliado na venda da mansão do ator no Itanhangá, Rio de Janeiro, e não ter recebido uma comissão estimada em R$ 3 milhões.

Em nota exclusiva enviada à coluna, Gagliasso, por meio de seus advogados, afirma que é inverídica a informação de que ele teria deixado de pagar a comissão e diz ainda que são acusações difamatórias e que entrará com uma ação na Justiça.

"São inverídicas, infundadas e irresponsáveis as informações de que o nosso cliente deixou de pagar comissão supostamente devida para um corretor de imóveis. A venda do imóvel foi intermediada por outro profissional e o valor inicial da comissão foi pago conforme o contrato. As acusações contrárias são difamatórias e seu autor responderá criminal e civilmente pelas inverdades, além de uma representação ética perante o Conselho Regional de Corretores de Imóveis", informou uma nota assinada pelos advogados Mariana Zonenschein e José Luis Oliveira Lima.

Mariana, advogada de Gagliasso, detalha o caso: "Bruno iniciou tratativas da venda do seu imóvel com um determinado profissional, sendo que a transação não se desenvolveu nem concretizou. Posteriormente, outro corretor intermediou a operação, fez várias visitas ao imóvel com o comprador, tendo a venda sido concretizada e apenas o sinal inicial da comissão sido pago, conforme contrato celebrado".

A advogada diz ainda: "Para não deixar qualquer dúvida acerca da lisura e boa fé de suas ações e em respeito à Justiça e à transparência, o valor da comissão será depositado em juízo para que o Poder Judiciário decida a questão de forma imparcial, em estrito cumprimento da lei".

Entenda o caso

Segundo a assessoria do advogado que representa o corretor Marco Antônio Pinheiro, Gagliasso recebeu na última quinta-feira (07) a notificação extrajudicial sobre o caso.

O advogado afirma que há evidências de conversas registradas em aplicativos de mensagens, além de material audiovisual.

O corretor diz que fez a captação para conseguir compradores para a mansão, e que foi através dele que o jogador de futebol Paolo Guerrero demonstrou interesse na compra.

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Na época das negociações, o corretor teria sido informado que o jogador havia desistido da compra, e depois descobriu que a casa foi anunciada por outra imobiliária e vendida para Guerrero.

"Assim que souberam da identidade das partes, Bruno e Paolo acionaram outro corretor para chancelar o negócio, pagaram um valor possivelmente menor e fecharam o negócio. Basicamente esse é o enredo", explica a defesa do corretor que acusa Gagliasso.

O advogado diz que se trata de um caso de "má-fé", e que pretende resolver com Gagliasso sem precisar entrar na Justiça:

"Considerando se tratar de duas figuras públicas e que bem ou mal, dependem de uma boa reputação, penso que o acordo é o melhor caminho. O que aconteceu com Marco foi aparentemente um ato de má-fé. É o trabalho do corretor, ele ganha a vida fazendo isso, não é de bom tom prejudicar um profissional para obter vantagem pessoal".

Outro lado

O advogado de defesa do corretor Marco Antonio Pinheiro Loureiro, Kevin de Sousa Piai, enviou nota a coluna reafirmando que seu cliente "conduziu a intermediação do negócio de forma diligente e comprometida, resultando na aproximação eficaz das partes e na viabilização da venda do imóvel."

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O advogado diz ainda: "A comissão de corretagem é um direito do corretor quando comprovada sua participação útil e relevante para o fechamento do negócio, como previsto na legislação e reiterado pela jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Esse direito independe de quem participa das etapas finais da transação. Nosso objetivo é apenas garantir que o direito à comissão seja respeitado, mantendo o foco na questão contratual e jurídica, sem intenções de qualquer exposição desnecessária. Seguimos abertos para uma resolução justa e célere."

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Texto que relata acontecimentos, baseado em fatos e dados observados ou verificados diretamente pelo jornalista ou obtidos pelo acesso a fontes jornalísticas reconhecidas e confiáveis.

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