O polêmico e poderoso ano de Belo: 'Mesmo errando, fãs sempre estão comigo'
No ano em que completou 50 anos de vida, Belo foi, sem dúvida, uma das figuras públicas que mais se destacaram e estiveram nos holofotes, seja pelas conquistas na vida profissional ou por polêmicas da vida pessoal.
Foram inúmeros os feitos que provaram que o pagodeiro é ainda mais do que o cantor das multidões. Ele vive, como o próprio define, sua "terceira onda" de sucesso e, desta vez, quer ir além dos palcos, se arriscando na dramaturgia e, quem sabe, comandando um programa de TV.
Ao relembrar o "belo ano de Belo", é importante destacar: a turnê do Soweto, que só no Allianz Parque, em São Paulo, reuniu 90 mil pessoas; o navio temático, que teve investimento de R$ 12 milhões e reuniu quase 7.000 pessoas; o contrato com a Globo que já resultou na estreia de um documentário e no investimento de sua carreira de ator, com papéis em 'Arcanjo Renegado' e 'Verônica', e o convite para estar na bancada do The Masked Singer.
Mas os feitos do cantor não ficaram apenas no âmbito profissional: no meio de tudo isso, ele ainda ocupou as manchetes ao se separar de Gracyanne Barbosa após 16 anos. Um término que, como tudo que envolve a vida pessoal de Belo, veio carregado de burburinhos, polêmicas e reviravoltas, como uma verdadeira novela.
A coluna escolheu o Ano de Belo como destaque entre as personalidades e bateu um papo exclusivo com o cantor em clima de retrospectiva. Confira:
Como foi se reinventar em 2024 e fazer ainda mais sucesso, ou como você diz, viver a sua "terceira onda" de sucesso?
Belo - Se reinventar é muito difícil. Mas eu luto muito porque sou um apaixonado pelo que faço. Uma coisa que nunca vou ser é ingrato com meus fãs e com a música, tudo que eu tenho é pela música. Sou um artista que saiu da periferia para me tornar quem eu me tornei. Mesmo errando, mesmo com percalços, a música sempre me salvou e meus fãs estiveram sempre comigo. Não posso ser ingrato, vou sempre querer fazer muito mais, e foi assim em 2024. Sempre vou entregar muito mais e a música sempre será meu combustível de vida.
Com o navio de sucesso em 2024, sente que se aproximou ainda mais de ser o sucessor do 'Rei'?
O Chico Barney foi o primeiro cara a defender que eu deveria ser o sucessor de Roberto Carlos, e te digo: passei a minha infância inteira, com meus pais, ouvindo Roberto Carlos. Sempre fui muito fã dele em todos os sentidos. Sou um artista do samba e pagode, nasci no Soweto, mas segui para a carreira solo porque quis cantar coisas que fossem parecidas com as do 'Rei'. E fazer esse navio esse ano tem também como base o Roberto Carlos, que foi o primeiro artista a fazer um navio no Brasil, dando muito certo. Agora, essa coisa de sucessão, não encaro assim. Estou galgando um espaço para ter o meu reconhecimento.
Além do cantor das multidões, 2024 trouxe também o Belo ator e o Belo apresentador?
O Dança dos Famosos, em 2023, abriu meu leque para muita coisa sobre a arte. É um universo muito desbravador e curioso. O artista às vezes não se permite, e eu fiquei muitos anos sem me permitir. Mas, depois que o Dança me libertou, entrei para o AfroReggae Audiovisual, fiz cursos e virei um ator de lá. Participo da minha primeira série, 'Verônica', que vai sair em 2025, e também veio o 'Arcanjo Renegado'. E no meio disso também surge o The Masked Singer, que também vai por esse lado do improviso e dos palcos. Vejo que tudo vem acontecendo no seu devido tempo.
E como foi passar por tudo isso e ainda viver a polêmica do fim do seu casamento?
A separação serve para nos amadurecer em vários sentidos. Precisamos viver um pouco a nossa solitude. É tão bom quando a gente consegue voltar a nos apaixonar por nós mesmos. Passei 16 anos com a Gracyanne, ela foi e continua sendo muito importante na minha vida. Mas sinto que é bom voltar a me amar mais, me curtir e aproveitar meu próprio espaço. Passei pelo fim do meu casamento com tudo acontecendo ao meu redor, turnê e gravações, e foquei na minha vida profissional. Mais uma vez a música sempre vem e me resgata.
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