Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.
Gui Araújo: não basta contar que transa, precisa falar da transa de outros
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O homem que fala sobre as próprias transas é um clássico. Insalubre para as mulheres hétero, mas um clássico. Isso porque nunca dá para fazer sexo casual sossegada, tem sempre uma pulga atrás da orelha de que aquilo vai virar assunto na roda de amigos do cara. O que não é exatamente o objetivo de nenhuma mulher quando está nua, na horizontal.
Mas tem outra categoria de homem que é aquele que não satisfeito em narrar as próprias transas começa a narrar as dos outros. Vai além da fofoca. É uma necessidade extrema de contar os feitos — e na ausência dos próprios feitos, outros casais viram o tema.
Gui Araújo está nas duas categorias. Ele conta detalhes sobre os relacionamentos com famosos no reality show A Fazenda há semanas. Diz com quem ficou, com quem não devia ter ficado... sempre com um tom de menino indefeso. Na narrativa, é tanta mulher que corre atrás dele, que meu deus do céu.
A colunista Renata Corrêa fez um texto sobre o assunto em que chama o confinado de "boy fácil orbitando". Renata descreve que a atitude "revela mais do que uma óbvia falta de educação dos homens envolvidos, mas também um fato mais sombrio e deprimente: para eles, sexo não é algo que se faz junto com as mulheres, mas algo que se tira delas". A frase traduz o sentimento de qualquer mulher que tenha ficado com caras desse tipo — arrisco a dizer que quase todas. Não dá para negar que acontece, ué, eles estão ali orbitando...
Na festa dessa sexta-feira (29), ele foi além. Devido a escassez de relacionamentos próprios com famosas para anunciar aos quatro ventos, resolveu contar o que havia acontecido entre Bil Araújo e Lary Bottino na cama de um dos quartos do reality. Rico e Dayane, que não gostam de Bil, ouviram sedentos.
O curioso é que, em tom depreciativo, ele começa a narrar dizendo que "ela fez alguma". Dá a entender que Bil, agente passivo da ação, foi alvo da fúria sexual de uma mulher perigosa. Depois da crítica de Day, se emenda, mas segue descrevendo o que terceiros estavam fazendo em uma cama ali perto. Triste, para dizer o mínimo.
"Esse come quieto", uma expressão também machista, descreve o homem que é o oposto de Gui. Desnecessário explicar que eles não costumam divulgar suas peripécias sexuais. Nas rodas de amigos, tem sempre um mais discreto, que observa de canto enquanto os outros falam do corpo de uma, das habilidades de outra ou sei lá mais o quê. Diante do silêncio, todos olham para ele e dizem "esse é come quieto". O discreto só sorri, sem negar nem confirmar. O ideal mesmo seria que ele exigisse dos outros caras um comportamento igual ao seu.
Renata Corrêa supõe em seu texto que quem fala muito, transa mal. Em uma conversa essa semana com minhas seguidoras do Instagram, várias confirmaram: "muito mal".
Alexandre Pires que estava certo: os adeptos do "sou de fazer, não sou de falar" costumam ser mais interessantes.
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