Quem critica fim de namoro de Grazi Massafera tem medo de ficar sozinho

Essa semana encontrei um conhecido a quem não via há dois anos, que me contou que seu casamento havia entrado para as estatísticas pandêmicas de divórcio. Vim para casa refletindo sobre o fim do amor e a dificuldade de se terminar relações que na prática não existem mais. E aí surgiu na tela do meu celular a bela Grazi Massafera. Calma, linda, loira, falando justamente sobre o fim de seu namoro e o impacto na mídia.

Ela recebeu muitas críticas (de mulheres, principalmente) sobre "viver trocando de par". O "cuidado" de desconhecidos parte até para sua filha, Sophia. Como se ter uma mãe em uma relação infeliz fosse melhor para a criança do que ter uma mãe forte, que sabe ser feliz sozinha.

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Corajoso da parte dela expor com tanta clareza algo que incomoda mulheres há décadas.

Mulher solteira ou que termina relacionamento sempre foi julgada — particularmente por outras mulheres, com medo de que o mesmo aconteça com elas.

Cada vez em que alguém diz que Grazi não dá certo com ninguém, ou que "deve ter algo errado com ela", a pessoa está projetando para si o que o outro vive. "Se eu não estiver com alguém, será que é porque tenho algum problema?", deve pensar o sommelier de duração do namoro do próximo.

Desabafo de Grazi é um tratado sobre o amor e o fim dele

Grazi se irrita porque deve ser muito chato ter que lidar com o fim de uma relação e um bando de abutres (o jornalismo incluso) futricando a respeito de sua vida. Mas ela sabe que não tem nenhum problema. E quem se incomoda? Será que sabe?

Qualquer relação amorosa é muito mais pautada em decisões como quem vai fazer o mercado hoje do que mãos dadas tomando sorvete no pôr do sol na praia. A construção sólida de um casamento depende de fatos da rotina que são impossíveis de serem decididos por quem está de fora. Casar é uma delícia, a cumplicidade é um afago em tempos tão complicados. Mas não faz o menor sentido continuar relações que seguem trôpegas apenas pelo status de se manter "em um relacionamento" para a sociedade.

"Eu acredito no amor, acredito em relacionamentos longos e maduros, conheço, me inspiro em casais assim, busco esse tipo de convivência. Acredito que o amor não tem tempo. Uma relação pode ser finalizada e os dois continuarem amigos. Hoje não acredito e não aceito nenhuma relação que não me faça feliz, que não seja de amadurecimento para os dois, de crescimento", Grazi diz — quem ousaria discordar?

João Vicente Castro, um solteirão convicto, disse há algumas semanas no Papo de Segunda, da GNT, que acha que os melhores casais são aqueles que se comportam como um time, dando apoio um para o outro. É um bom parâmetro. Acha que seu colega de time está jogando contra você? Parte para o jogo individual por um tempo, sem desespero de achar alguém. Parceria boa é aquela que leva a gente para frente.

A atriz sabe disso muito bem. Quem a critica ainda tem tempo de aprender. Você pode discordar de mim no Instagram.