Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.
Deborah Secco e Wanessa: forçar rivalidade feminina não é entretenimento
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Existe uma expressão gasta que foi criada lá no século III mas que as redes sociais insistem em praticar como se fosse moderna: o maniqueísmo. Era uma filosofia religiosa que determinava que sempre havia o lado bom e o lado mau em uma situação. Os séculos se passaram e foi se compreendendo que não era bem assim, mas desde que expressar a opinião nas redes sociais virou sinônimo de autoridade, as pessoas parecem ter voltado a 300 anos depois de Cristo.
A introdução é para falar dos pelos em ovo que são colocados nas redes sociais quando celebridades estão na berlinda. A situação é a seguinte: Wanessa estava cantando no programa Altas Horas e Déborah Secco era outra das convidadas. No momento da apresentação, a câmera flagrou a atriz com um semblante que podia ser de tédio, de desprezo, ou daquela conta que você percebeu que venceu sem pagar (não acho que seja o caso da Dedé, que parece estar com as contas bem em dia). Quando percebeu que o foco estava em si, a atriz sorriu — e o resultado ficou falso, claro, não deu para disfarçar.
A internet fez um chá de limão sem açúcar em vez de limonada. Depois de produzir divertidos memes sobre a mudança de humor repentina de Déborah, surgiu uma teoria de que a atriz não gostava da cantora porque essa última ficou com seu ex-namorado Dado Dolabella nos anos 2000. É, para quem acha que mulheres são sempre rivais é fácil criar teorias de que tretas de mais de 20 anos atrás não prescrevem.
A atriz se apressou em desmentir: Wanessa estava cantando de costas para um fio e ela ficou apreensiva que a cantora pudesse cair, ela explicou. A filha de Zezé confirmou: havia realmente um cabo e o perigo. Ambas trocaram elogios mostrando que rivalidade está na cabeça de olha.
As duas mostraram bonito como sair de situações embaraçosas. Geralmente ser honesta sobre a situação é a melhor forma de desenrolar o que parece não ter jeito de explicar. A resposta de Wanessa foi fácil — como Déborah estava dizendo a verdade, era só confirmar.
Educação e admiração mútua fecham o combo da fineza. Afinal, quem disse que a gente não pode gostar e admirar mulheres que namoraram ou namoram nossos ex?
E, se um cara ficou com você uma dia, é de se esperar que ele escolha alguém que seja no mínimo interessante também. Rancor e ódio não parecem a melhor estratégia para se sentir melhor. Agora, para quem segue com raiva de situações que aconteceram há décadas e projeta esse ódio nas celebridades da TV... era bom ver isso aí com profissionais especializados, né? Terapia só faz bem para todo mundo.
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