Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.
Marquezine nos lembra que relacionamento perfeito no Insta pode ser cilada
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Já pensou ser a Bruna Marquezine? Ser famosa desde os cinco anos de idade? Ter um corpo que é considerado padrão de beleza? Viver por aí maquiada e bem vestida? Ser amiga da Sasha e frequentar a casa da Xuxa desde a infância? Ter namorado um jogador de futebol famoso? Trabalhar em Hollywood? Já pensou?
Parece uma vida perfeita, mas Bruna vem sempre com muita sinceridade derrubar cada um desses estereótipos para nos lembrar que aquele modelo de perfeição não existe, não. Nem para alguém com todo esse histórico citado. Nem para aquela sua vizinha que posta seus méritos na internet o dia inteiro. Nem para mim. Nem para você.
É difícil ter alguém que possa dizer que nunca passou por isso: ficar por horas no Instagram olhando a vida dos outros e pensando que gostaria de ter um pouquinho daquela perfeição em sua própria vida. Se a pessoa for uma celebridade, então, fica ainda mais complicado competir.
A genética que favorece combinada com um séquito de profissionais de beleza que as famosas têm ao seu dispor pode deixar a nós — mortais, comuns, que acordamos sem maquiagem — um pouquinho decepcionados com a vidinha de todo dia.
Bruna derruba esse mito no podcast Quem pode, Pod, apresentado por Giovanna Ewbank e Fê Paes Leme. Se a mídia se referia a ela e os amigos em tom malicioso no suposto "Surubão de Noronha", uns anos atrás, a atriz diz que naquele tempo "nem tinha vontade de transar". "Achei que não gostava de sexo", ela conta, antes de emendar um "depois mudei de ideia de novo". Enquanto todo mundo noticiava um namoro perfeito com Neymar, jogador que estava no auge da carreira, famoso no mundo inteiro, ela "terminava e voltava uma vez por mês" e estava com o emocional completamente abalado.
"Não conseguia ser esse personagem, nem combina comigo, eu não tenho paciência. Olhava mulheres que tentavam ser perfeitas, mas eu via que estavam chorando no camarim", ela diz. Nos romances, a mesma coisa: percebia que os homens estavam tentando se relacionar com "a Bruna Marquezine" — uma imagem que nem correspondia ao que ela era de fato. E que ela nunca quis ser.
Bruna quer ser famosa e está feliz com tudo que alcançou. Começa uma carreira internacional em Hollywood animada com o que está por vir. Não tem problemas que a maioria dos mortais têm — como precisar de dinheiro, por exemplo.
Mas em outros aspectos, Bruna é igualzinha a mim e a você. Já teve relacionamentos frustrantes, já sofreu por amor, já teve grandes questões existenciais, já foi impedida de fazer o que queria, já lutou para ser ela mesma, já brigou com a mãe, já fez besteira no trabalho...
O mesmo vale para outras pessoas que a gente segue nas redes sociais, que podem ter muito dinheiro, podem ter as casas mais lindas e fazer as viagens mais legais, mas ninguém sabe como foi que terminou a última conversa que tiveram no WhatsApp. Invejar o que o outro tem é uma perda de tempo grande, porque tira o nosso foco do que a gente tem. E nem precisa muito: às vezes basta um pijama limpo e a certeza de deitar no travesseiro sem ter sacaneado ninguém.
Ouvir Bruna Marquezine ser humilde e confessar suas fraquezas é bom para pensar que as nossas também não são grande coisa. E talvez sejam importantes justamente por terem nos trazido até aqui.
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