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Leo Santana deslizando é hit do Carnaval faz tempo: o que o Gigante tem?
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Circulam nas redes sociais vídeos debochados de homens comuns implorando para o cantor Leo Santana parar de fazer vídeos rebolando sem camisa. "Está difícil para as mulheres aceitarem ficar com quem não tem um corpo igual ao seu", diz um deles em tom de comédia.
Quanto mais se fala disso, mais Leo Santana tira a camisa e rebola nos vídeos. E mais gente "vai deslizando (vai)" em direção ao magnetismo do cantor e bailarino. É dele o hit "Zona de Perigo", que tem tudo para ser a música do verão 2023 em Salvador. A música está entre as 20 mais tocadas no Spotify Global e deve crescer mais — daqui para o Carnaval não vai ter um dia sem "jogar de ladinho, neném". Mas não é de hoje que Léo exerce esse poder sobre a massa "que tá gostando (vem)".
O ano era 2010 e o circuito Barra Ondina esperava empolgado o próximo hit quando Léo surgiu pela primeira vez à frente do Parangolé cantando a novidade "Rebolation". O burburinho das seis noites de Carnaval daquele ano era quando vinha o aviso: "Alô, minha galera preste atenção/ Rebolation é a nova sensação!/ Menino e menina, não fiquem de fora/ Que vai começar o pancadão/ O suingue é bom gostoso demais/ Mulheres na frente. Os homens atrás". Seguido do refrão que está na sua cabeça há 13 anos.
Com o pescoço para cima, a multidão tentava acompanhar a coreografia enquanto Léo, desnudo, fazia os movimentos com um microfone na mão. O trio elétrico do Parangolé fascinava a cidade inteira, hipnotizada com o rebolado do vocalista, até então desconhecido. Com mais de 2 metros de altura, Leo Santana e seu físico de estátua renascentista não são algo que a gente vê todos os dias. A palavra Rebolation é repetida mais de 50 vezes na música, mas ninguém enjoava daquilo na cidade de Salvador.
Sua presença paralisa mesmo. É de verdade tudo aquilo? O público só obedece. Bota a mão na cabeça que vai começar.
Léo se incomodou com a Rebolationalização de sua vida. "Não sou só isso", ele já disse em entrevista. Poucos anos depois, partiu em carreira solo, já fez parceria com tudo o que é nome da música brasileira (o que inclui Anitta) e está sempre nas paradas. E também casou com a bailarina Lore Improta, depois de um namoro com algumas idas e vindas. Juntos, eles têm uma filha e vídeos com milhões de visualizações em uma carreira digital para lá de próspera.
Coloca a mão na cabeça que vai começar deslizando
O Parangolé tentava há alguns anos fazer sucesso quando Léo entrou na banda. O hit estourou no mesmo ano. Coincidência? Eu costumo chamar de ter a estrela. Tanto que "Zona de Perigo" era apenas um single. A aposta da equipe de Léo era transformar a parceria com Pedro Sampaio "Não se vá" em hit. O clipe produzidíssimo — e de gosto duvidoso, misturando umas imagens de deusas do Olimpo com a dupla de cantores — tem 6 milhões de visualizações. O vídeo de "Zona", um recorte de palco, durante um show, com investimento zero, tem mais de 25 milhões de views. Ó a estrela aí.
No programa do Faustão, em 2022, Léo falou que o Rebolation de 2010 era mais simples: a receita coreográfica consistia em colocar a mão na cabeça e rebolar. "Hoje, seria mais complicado", ele brincou, imitando uma dancinha de TikTok.
Se foi mais complicado, como ele disse há um ano, dá para dizer que ele tirou de letra. Num dos vídeos em que Léo dança o refrão de "Zona de Perigo", essa colunista contou 15 movimentos de dança diferentes em 20 segundos de música. Na noite de domingo (12), ele fez shows em Recife e Teresina. Desta terça (14) até o dia 21 de fevereiro, quando termina o carnaval, fará 15 shows entre Salvador e outros estados.
Ele vai continuar dançando sem camisa. O homem comum pode reclamar quanto quiser, mas poderia aproveitar a trilha sonora do verão para ir deslizando ou jogando de ladinho nesses dias de folia. Não para, não, meu bem.
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