Por que Pedro Pascal se tornou o sonho de consumo da mulher casada?

Algo tem impactado gravemente a produtividade da mulher de mais de 30 anos. Não se pode dar uma voltinha despretensiosa pela internet que logo se depara com algum vídeo do ator Pedro Pascal sendo adoravelmente latino. O que podem parecer 45 segundos inofensivos pode se tornar uma sequência de horas procurando vídeos do moço.

"Eu passava 90% do tempo vendo vídeos e memes de Pedro Pascal, e nos outros 10% torcia para que alguém me mandasse mais algum para poder ver de novo", me disse uma amiga. A seita das fãs de Pedro aumenta a cada dia, em grupo que se retroalimenta postando novas descobertas nos stories.

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Pedro é chamado de Pedrito em um evento e afirma "Ay, me encanta cuando me dicen Pedrito". Pronto. Pedro diz "Baby Ioda" em uma entrevista e depois faz caras e bocas fofas para o apresentador. Pedro rebola. Pedro come snacks e fica feliz. Pedro pisca. Pedro conversa com uma criança. Pedro ri porque alguém falou um palavrão. Tem Pedro para todo mundo. E carisma transborda.

(Pausa para Pascal chacoalhar os quadris)

Joel, seu personagem em The Last of Us, é sisudo e triste das pancadas que tomou da vida. Mas usa o ressentimento para ajudar uma criança que adota enquanto tenta salvar o mundo. Másculo, forte, esperto — mata mais zumbis por episódio do que é possível contar. Tudo com uma melancolia charmosa daquela que faz a gente querer pegar no colo, sabe?

Mas quando ele sai do papel de Joel, é o oposto. A melancolia dá lugar a uma alegria contagiante. É aquele cara engraçado que vai te fazendo rir, rir, e quando vê, está rindo no cangote dele. Ay, Pedrito.

Aos 47 anos, o ator chileno traz o jogo de cintura da parte de baixo da linha do Equador para as conversas às vezes engessadas do mainstream. Ele quebra alguns protocolos com uma elegância simpática e quando olha ao redor vê que seu jeito funciona. "O que está achando do assédio e do sucesso?", pergunta um jornalista. "Estou adorando", ele diz.

(Olha lá, o Pascal comendo umas empanaditas)

Será que eu estou exagerando? É só comigo?, eu penso enquanto assisto uma sequência de 12 vídeos de Pascal-verbo-qualquer-coisa. Durante o período em que escrevo esse texto, duas amigas mandaram vídeos de Pascal. Ele fala sobre qualquer coisa e ri. Eu rio. E clico para ver mais um. Só mais um.

Acho que não é coisa da minha cabeça, não. Mas você pode discordar de mim no Instagram.