Casamento aberto de Deborah Secco e leveza de quem pode flertar livremente
Deborah Secco está exposta para todo o Brasil desde pequena e se acostumou com isso. Ela contou à Carla Diaz que, para a própria sobrevivência, tenta sempre agir como se ninguém estivesse olhando. É assim que se veste — um monte de gente cai em cima criticando, mas ela não está nem aí. E capricha nos looks, decotes, no treino. Deborah faz o que quer.
É dessa maneira que vive, desde 2015, o relacionamento com Hugo Moura. Os dois são pais de Maria Flor e são pessoas diferentes — como em todo casamento. Hugo detesta exposição, Deborah faz dancinha nas redes sociais. E assim eles vivem, respeitando a individualidade um do outro. Um dos combinados desse casal, Deborah contou, foi abrir o casamento.
"Não vou ser a corna", ela disse, em referência às decepções amorosas anteriores. Ela mesma já disse que traiu em outros casamentos. Conhece a história do gato escaldado? Quando a maturidade chega, a gente sabe exatamente os padrões de comportamento que precisa evitar para, de maneira inteligente, não escorregar nas mesmas cascas de banana do passado.
E se é com honestidade que o assunto é tratado a dois, então, não há medo de falar sobre tudo. Ambos podem ficar com quem quiser, respeitando o pacto e se mantendo unidos enquanto isso interessar a ambos. O relacionamento aberto não é apenas a ponte para uma vida livre, mas a garantia de que não é uma traição boba que vai destruir o que eles construíram juntos.
A série New Girl, de 2011, tem uma cena interessante sobre ser verdadeiro. Em uma escola infantil, a coordenadora coloca uma cadeira vazia em frente a dois alunos que estão brigando. Ali, segundo ela, está o assento da honestidade. E, ao olhar para ele, ambos devem ser absolutamente sinceros. Se é difícil falar o que sente para o outro, talvez a metodologia possa funcionar se o casal estiver preparado para olhar para uma cadeira vazia e contar, por exemplo, que se sente atraído por aquela pessoa no escritório. Abrir o coração pode ser menos implosivo do que guardar a informação por anos, até, na primeira briga seguida de uma bebedeira inocente, se ver atracado no canto do bar com a pessoa desejada. É o que a gente não diz que acaba com as relações. Falar e até fazer pode impactar menos.
Deborah circula por aí livremente para flertar em frente às câmeras com Gio Ewbank, por exemplo. Leve. Não tem polêmica, nem a mídia vai pegá-la no pulo tentando esconder grandes segredos. A atriz aprendeu a viver sua vida e, apesar de ter um Brasil todo olhando vidrado, ela age como se estivesse por si só, sem julgamentos. O seu "por si só" é com Hugo e Maria Flor, a família que ela construiu, nos moldes que acha corretos. Que bom.
Na legião de críticos de seus looks, está cheio de gente doida para pegar aquele carinha do escritório, mas que evita falar no assunto porque safadezas desse tipo ferem a moral e os bons costumes. Ou pior: pegando escondido e faltando com a verdade em frente ao parceiro e à cadeira da honestidade.
Sou mais Deborah, livre e leve. O flerte pode ser muito mais saudável para a relação do que se pensa por aí, desde que esteja tudo às claras, inclusive a vontade de sempre voltar para casa. Não dá para jogar fora grandes histórias por qualquer bobeira.
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