Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.
O tempo vai passar, mas Nicette Bruno continuará na vida da gente
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Quando o último capítulo de "A Vida da Gente" foi exibido pela primeira vez, em 2012, confesso que demorei a me recompor. Estava muito emocionada, como se eu tivesse me despedindo de uma grande amiga, aquela que sempre tem um ensinamento, uma conversa boa, mas que eu sabia já ter data para ir embora. Ficou difícil controlar as lágrimas, principalmente, depois que Nicette Bruno, na pele da maravilhosa e sábia Iná, discursou sobre o tempo. O que ela falou foi com tanta sensibilidade e verdade, que ficou impossível não refletir sobre esse 'compositor de destinos'.
Antes mesmo que a novela de Lícia Manzo voltasse ao ar em uma edição especial, eu já tinha revisitado algumas vezes essa cena. E me emocionado igualmente. Mas com o fim da reprise nesta sexta-feira o discurso de Iná me tocou ainda mais profundamente. Sei que pesou o fato de Nicette não estar mais entre a gente. A repercussão da cena nas redes sociais me fez ver quantas pessoas sentiram o mesmo. Já lamentava a ausência da atriz toda vez que ela aparecia na novela. Tão grande... Até em uma pequena aparição, ela dominava a cena. A avó de Manu (Marjorie Estiano) e Ana (Fernanda Vasconcellos) também caiu como uma luva para a atriz. Juntas, intérprete e personagem se fundiram mesmo em uma só.
Ah, o tempo... Ele foi bom conosco por ter nos deixado desfrutar do talento dessa artista em tantos trabalhos. Se Nicette deixa Iná com o fim da reprise de 'A Vida da Gente', ela reaparece em Elza, na reexibição de "Pega Pega". E a gente pode vê-la em uma outra pele, com outra pegada, destilando versatilidade, agora, na comédia das 19h.
Necessária, fundamental na arte e na vida. Uma lástima a partida de Nicette. Porém, com o tempo, ela foi nos deixando um legado gigante para aquecer nossos corações. Sei que ainda vou recorrer às sábias palavras de Iná. Porque, sem dúvida, se eu tiver "o privilégio de viver muito tempo", quero chegar lá e ter aprendido "a olhar com serenidade o turbilhão da vida." Como Iná e Nicette.
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