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Bombeiro que fez arte com restos do incêndio do Museu Nacional ganha filme
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Assistindo à novela "Nos Tempos do Imperador", fico imaginando como Dom Pedro 2º e sua mulher, a imperatriz Teresa Cristina, teriam reagido ao incêndio no Museu Nacional - antes Palácio da Quinta, moradia da família real entre 1808 a 1889 - que dizimou grande parte do acervo das coleções egípcias e de arte e artefatos greco-romanos adquiridos pelo casal. Se a atitude dos imperadores fica só no nosso imaginário, a do bombeiro Davi Lopes é bem real: ele transformou a tragédia em arte. E acabou tema do documentário 'Fênix: o voo de Davi', que a GloboNews exibe dia 29, às 23h, e o Globoplay disponibiliza no dia 2 de setembro.
No filme, veremos que o suboficial é flautista, saxofonista e luthier nas horas vagas. Anos antes do incêndio no Museu Nacional, que ele ajudou a apagar naquela fatídica noite de 2 de setembro 2018, Davi aprendeu a fazer instrumentos musicais com restos de madeira coletados em escombros. Confecciona violões a partir de pedaços de móveis, vigas queimadas e de toras transformadas em carvão. Enxerga um novo destino para fragmentos de madeira que resistiram ao calor.
Não tem como não se impressionar com a habilidade de Davi em transformar restos da porta da bilheteria do museu, feita de jacarandá, em laterais de dois violões. Fazer um cavaquinho, bandolim e violino com partes de uma das portas do Torreão Sul, originalmente, os aposentos de D. Pedro 2º. O documentário conta ainda com a participação de grandes nomes da música brasileira, como Gilberto Gil, Paulinho da Viola, Paulinho Moska, Nilze Carvalho e Felipe Prazeres, que se emocionam em tocar os instrumentos desenvolvidos dos escombros do Museu Nacional.
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