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''O Clone' me fez assumir um outro lugar como ator', diz Murilo Benício
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Murilo Benício bem que poderia reivindicar o direito retroativo de pedir música no "Fantástico". Afinal, com a reprise de "O Clone (2001)", no ar a partir desta segunda-feira (4), no "Vale a Pena Ver de Novo", a gente vai (re) ver o ator fazendo três papéis na mesma novela: os gêmeos Lucas e Diogo, além do clone Léo. Apesar de ser daqueles que não curtem muito se ver em um trabalho antigo - "Parece que é ver outra pessoa quando eu assisto a uma coisa muito antiga minha", diz - Benício não nega a importância que a trama de Gloria Perez teve em sua trajetória.
Era uma época minha de começo de carreira. A novela foi marcante e, definitivamente, foi importantíssima para eu assumir outro lugar como ator" - acredita o artista.
Ele tem razão. Ninguém dá conta de três personagens se não tiver estofo para isso. Porém, não pensem que Benício fez tudo com pé nas costas.
Foi muito difícil porque o Lucas era um personagem apagado - mas era para ser assim. Diogo tinha que ser aquele cara solar que morreria num acidente. E, por conta disso, acendia no Albieri (Juca de Oliveira), que era um cientista, a vontade de trazer ele de volta, de tão querido que era. E quando Léo, o clone, entra na novela, me dá uma liberdade maior para brincar - analisa.
Amado na terrinha
O expediente triplo de Benício lhe rendeu não só um novo olhar sobre seu trabalho, como fez dele o queridinho dos noveleiros além-mar.
Eu sou muito querido em Portugal. Nunca fui para a Rússia, mas já encontrei russos que parecem ser mais fãs que os próprios portugueses. Na África também, quando eu fui com os meninos para fazer safari. Faz parte de uma coisa que é muito maior do que cinema em termos de massa, o quanto que as pessoas de todo lugar do mundo te veem, o alcance que você tem. Isso sempre volta num tom de muito amor e carinho das pessoas. Principalmente em Portugal, para onde eu vou mais, eu sinto isso", conta Benício.
As recordações que o ator guarda das gravações no Marrocos não estão apenas em suas memórias. Elas se materializaram e podem ser encontradas em alguns cantinhos de sua residência.
Até hoje eu encontro em casa uns chaveiros que comprei lá. Também tem uns panos que estão na minha fazenda até hoje. Trouxe muita coisa de lá e eu tenho muita lembrança também. Imagina essa turma toda fazendo a novela no Marrocos. Como a gente não se divertiu. É só recordação boa", afirma Benício.
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