Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.
'Quanto Mais Vida, Melhor!' traz diversão em uma trama ágil e pueril
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"Quanto Mais Vida, Melhor!" é aquela novela das 19h para sentar na frente da TV e se divertir. E tem vezes que a gente só quer isso mesmo, não é? Colorida, com uma linguagem ágil, moderna, lembrando alguns momentos um videoclipe, o primeiro capítulo da história de Mauro Wilson mostrou fôlego e uma cara que pode compensar qualquer sombra que o tema morte cause, com a alegria que chegou chegando.
A estreia apresentou de forma bem definida os quatro protagonistas: a empresária Paula (Giovanna Antonelli), o médico Guilherme (Mateus Solano), o jogador de futebol Neném (Vladimir Brichta) e dançarina Flávia (Valentina Herszage). E a energia deles está em todos os lugares. Uma boa sacada foi trazê-la também para a abertura e pontuá-la em sua música, Sinfonia Nº 5, de Beethoven. Impossível ouvi-la e já não identificar os personagens: o médico (erudito), o jogador (samba), rock (dançarina) e pop (empresária). Dividir em quatro a tela para mostrar o mesmo momento de cada um deles deu ainda mais tempero à forma de se contar a história.
Na verdade, "Quanto Mais Vida, Melhor!" traz um argumento pueril para unir o quarteto. E que mal há nisso? Se às 18h, a gente tem a História do Brasil, e às 21h, a contemporaneidade da vida e seus questionamentos, a trama das 19h vem trazer a diversão. Ok, que vamos nos deparar com a Morte, mas até ela vem travestida de esperança, quando dá uma segunda chance aos nossos protagonistas. É com essa leveza que poderemos refletir com mais facilidade sobre o que estamos fazendo com as nossas vidas e perceber que ainda há tempo de tomar outro rumo, caso sintamos necessidade.
Além dos quatro principais, destaco Julia Lemmertz. Em apenas uma cena - uma cena! - a atriz entrou, disparou um olhar fulminante na rival e saiu altiva. Juro que pude sentir o gelo correndo pelas veias da vilã Carmem. Bastou uma única aparição para a atriz roubar a cena todinha para ela. Olha, que era apenas o primeiro capítulo.
O que causou um certo estranhamento, confesso, foi o acidente aéreo. Foi uma coincidência, claro, a trama que já tinha essa premissa para o início da história do quarteto, estrear justamente há três semanas da trágica morte de Marília Mendonça. A única coisa que eles puderam fazer antes da estreia foi não mostrar o acidente nas chamadas. Mas era inevitável ele ser exibido com a novela no ar. Impossível não ficar com o coração apertado...
No fim, a novela nesses poucos minutos, trouxe o clima que uma trama das 19h precisa ter, além de completar a lacuna que faltava para o horário ter uma história inédita para chamar de sua. Agora, todas as faixas têm seu folhetim cheirando a novo. Para nós, entusiastas do folhetim, quanto mais novela, melhor!
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