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'Um Lugar ao Sol': 'Deveríamos frequentar reuniões do AA', diz Denise Fraga
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Na próxima semana, vai chegar a "Um Lugar ao Sol" mais uma artista que há anos está ausente das novelas: Denise Fraga. Figura fácil no teatro e cinema, a atriz é uma raridade nos folhetins. Faz 25 anos que ela não atua em uma trama inteira. Natural que os apreciadores de seu trabalho estejam curiosos para vê-la de novo no gênero. Principalmente, porque Denise, tão associada à comédia na TV, estará trabalhada no drama na pele de Júlia, uma alcoólatra na batalha para permanecer limpa.
Fui a algumas reuniões do AA (Alcoólicos Anônimos) e fico pensando que todos nós deveríamos frequentar reuniões que eles promovem. Porque estamos cheios de vícios que não conseguimos deixar
Não é fácil lidar com o alcoolismo. Tanto para quem sofre da doença quanto para quem convive com adicto. Em maior ou menor escala é uma situação muito presente em nossas vidas. Quem não tem (ou teve) um parente, um amigo, quiçá conhecido sofrendo com esta doença?
Essa personagem é muito reconhecível para mim. Tinha um amigo que ajudava. Todo mundo tem um amigo e deu a mão. A adição, hoje, é uma coisa que permeia nossa vida. Estamos sendo tão estimulados pelo mundo, em alta voltagem, não temos mais como falar de vício de drogas e álcool. Estamos mergulhados em vidas que gostaríamos que fossem diferentes. O incrível da novela é as pessoas conhecerem o trabalho do AA
Tragédia melancólica com humor
O olhar sensível de Lícia Manzo ao entregar o drama do alcoolismo a Denise torna o retorno da atriz ainda mais especial. E, segundo a artista, as duas já se "paqueravam" há algum tempo na esperança de trabalharem juntas.
Lícia e eu tínhamos um namoro de longa data e que agora deu certo. Na verdade, os convites para novelas sempre chegaram, mas com as temporadas de teatro e as gravações dos filmes, eu nunca conseguia conciliar. Ainda bem que deu certo e com essa turma
Na trama, Júlia sofre com a dependência do álcool há muito tempo, o que fez com que sua vida e carreira de cantora desmoronassem. Ela não tem a confiança da mãe, Ana Virgínia (Regina Braga), e nem a presença do filho, Felipe (Gabriel Leone). Mesmo assim, ela luta para se manter sóbria e resgatar o que perdeu.
O vício tirou dela as coisas preciosas da vida, como a proximidade do filho. O que eu acho bonito é essa relação que a personagem tem com a arte, a música. Júlia acredita que, aos 50 e tantos anos, ela vai dar certo. Tem essa crença, esse otimismo", analisa Denise.
Mas não será fundo do poço o tempo inteiro. Até porque a cantora carrega seus dramas, mas sem perder a alegria:
Ela tenta manter um otimismo trágico, manter a alegria. Então, acaba que se enfia em todo o tipo de mancadas. Júlia tem humor, tem tudo junto. Uma tragédia melancólica cheia de humor."
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