Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.
Ícaro Silva x Tiago Leifert: quando tudo é uma questão de respeito
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Nesta terça-feira, fomos surpreendidos pelo 'fight' virtual entre Tiago Leifert e Ícaro Silva. O motivo? "Big Brother Brasil". O ator se sentiu aviltado com o fato ter seu nome ligado a uma suposta participação no reality e, no seu Instagram, pediu que as pessoas respeitassem sua história, seu ódio pelo entretenimento medíocre e que parassem de acreditar que ele cogitaria ir para o 'big boster brazil'.
Diante da maneira com que Ícaro tratou o programa, Leifert, pai do reality por cinco anos, entrou na jogada. E respondeu no mesmo tom: "Achar que o que você faz é superior não é baseado em fatos, é arrogância mesmo. (...) Só seu gosto pessoal está do seu lado nessa, mas ele deixa de ser pessoal quando você o escreve na rede social."
Fato é que este é o típico caso da máxima: 'quem fala o que quer, ouve o que não quer'. Não estou aqui dizendo quem está certo ou errado, até porque cada um tem o direito de gostar ou não de um produto e manifestar sua opinião. O problema é quando isso afeta o outro.
Ícaro diz para respeitar sua história e não aliar sua imagem a um "entretenimento medíocre". Mas será que a forma com a qual se referiu ao programa não foi uma maneira desrespeitosa às pessoas que não só trabalham e participam do reality, mas também as que assistem? Não poderia ter dito a mesma coisa de um jeito um pouco menos bélico?
Leifert foi veemente em sua defesa. Usou também um tom pesado para proteger a cria. Porém, foi rude quando sugere que o ator "deveria ser adulto e nunca mais aceitar trabalho de nenhuma empresa que promova o entretenimento que você acha ruim." Também não é assim. Não é porque Ícaro não gosta de um produto da emissora, que ele não vá estar em outro que seja interessante na sua percepção. Nem tanto ao mar nem tanto a terra.
Nas redes, há quem esteja do lado tanto de Ícaro quanto de Leifert. E cada um tem seus motivos para se identificarem com um ou com o outro. O que faz refletir é que em uma sociedade tão polarizada, onde vivenciamos a cultura do ódio, onde a gentileza vem sendo artigo raro entre as pessoas, ter cuidado com as palavras se faz cada vez mais necessário.
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