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Retrospectiva 2021: o ano em que a TV levou uma bela sacudida
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Manuela Dias e Chay Suede posam abraçados nos bastidores do "Melhores do Ano", premiação que vai ao ar no dia 2, às 17h15, comandada por Luciano Huck. A autora concorre no quesito 'Novela' com "Amor de Mãe", e o ator, destaque na obra como Domênico, ao troféu de 'Ator de Novela'. Independentemente do resultado, a meu ver, os dois já podem se considerar campeões. Não só eles como todos que tiveram envolvidos com a dramaturgia este ano. Aliás, 2021 foi o ano em que a TV levou uma bela sacudida.
Se a gente fizer uma retrospectiva neste último dia de 2021, no que se refere à teledramaturgia, "Amor de Mãe" não pode ficar de fora. Assim como "Salve-se Quem Puder". As tramas tiveram que ser divididas em duas partes, já que a pandemia obrigou a paralisação de todas as produções em andamento. E quando voltaram a ser gravadas, elenco e equipe experimentaram uma nova forma de se fazer novela, com uma série de protocolos sanitários contra a covid-19. Apesar do turbilhão de problemas, as duas telenovelas conseguiram chegar ao fim com louvor e muita emoção. E mostraram que ninguém brilha sozinho, que o árduo trabalho de colocar uma produção no ar se faz de forma coletiva.
Ainda nesta seara, fomos brindados com a estreia das novelas 100% inéditas: "Nos Tempos do Imperador", "Quanto Mais Vida Melhor" e "Um Lugar ao Sol". Uma alegria para os noveleiros que ansiavam por tramas fresquinhas. O trio também não passou incólume pelas agruras da pandemia. Com as histórias todas gravadas, os folhetins vivenciaram a novidade de não serem mais obras abertas, sem a possibilidade dos autores ajustarem o curso da trama, se necessário. Além de termos produções mais curtas. Se isso é bom ou ruim, só o tempo dirá. Particularmente, me agrada as tramas serem mais enxutas, porém, não simpatizo com as novelas serem totalmente gravadas. Tudo bem que foi a saída nestes tempos de incertezas pandêmicas. Mas torço para que as próximas não sigam esse modelo.
Aqui também faço uma menção a "Gênesis", novela da RecordTV. Que saga foi essa, minha gente? A história, contada em seis fases, também enfrentou percalços com a pandemia, paralisações, mas também foi concluída com êxito - e boa audiência.
Mudanças efeito dominó
Se a dramaturgia trouxe novidades, o que dizer dos programas de variedades? O "Big Brother Brasil" tem todo ano, mas em 2021, a atração se consolidou ainda mais. O formato 'Pipoca' e 'Camarote' para a divisão dos participantes fez ainda mais sucesso, o programa bombou nas redes, e também ganhou destaque pelo número de participantes negros - acredito que o maior até hoje. Sem contar que o reality, de certo modo, ganhou sobrevida com os documentários sobre Karol Conká, Juliette e Gil do Vigor. Expectativa para a edição 22 é bem alta!
Ainda tivemos a dança das cadeiras dos apresentadores. Foi uma mudança atrás da outra, numa espécie efeito dominó. Sinceramente, quase perdi o fôlego. O anúncio da saída de Faustão da TV Globo, após 32 anos, para Band, surpreendeu o público. Mas a ideia era ele seguir no "Domingão" até o fim do ano. Não deu. De uma forma abrupta, o apresentador foi tirado do ar - sem a chance de uma despedida - e Tiago Leifert assumiu a missão de prosseguir com o "Dança dos Famosos".
Ao final da atração dançante, Luciano Huck, promovido para o domingo, colocou o "Domingão com Huck" no ar. Uma pressa que, a meu ver, prejudicou bastante o ex-apresentador do "Caldeirão", criticado pela performance e pelo formato do programa - diga-se de passagem, nem era exatamente a atração que ele queria, mas no corre, foi o que deu para estrear. Fica aqui a curiosidade para saber como será, em 2022, o verdadeiro dominical de Huck.
Já seu substituto, Marcos Mion, nadou de braçada no sábado. Sem dúvida, é o grande destaque do ano. Realizando o sonho de estar na TV Globo, alardeado por ele aos quatro cantos, o novo dono do sábado fez com que nos esquecêssemos do seu anterior, e trouxe um frescor ao "Caldeirão", que há muito pedia por isso. A gente percebeu que a trajetória de Mion só o preparou para estar inteiro quando chegasse a hora que ele tanto almejava.
Mas as surpresas não pararam por aí. Ainda tivemos Leifert, que apesar de cada vez mais valorizado na Globo, também deixou a emissora e, consequentemente, o comando do "Big Brother Brasil" e "The Voice". A saída do jornalista mexeu com o caminho de outros colegas dele. Tadeu Schmitd foi deslocado para reality show, enquanto Maju Coutinho seguiu para o lugar dele no "Fantástico", abrindo espaço para César Tralli assumir o comando do "Jornal Hoje". Tudo de uma tacada só!
Mulheres no comando
O protagonismo feminino à frente dos realities também chamou a atenção. Com a ida de Mion para Globo, a curiosidade era saber quem entraria no seu lugar apresentando "A Fazenda". E foi um acerto escalar Adriane Galisteu. Tão empolgada quanto o Mionzera na nova casa, a apresentadora, fã do reality rural desde a primeira edição, esteve bem à vontade na nova missão, e já está certa para a do ano que vem.
Quem também deu conta do recado foi Sabrina Sato com "Ilha Record". Era um reality inédito, ou seja, tivemos que nos familiarizar com as regras e o formato. A apresentadora, porém, fez essa comunicação ser fácil e levou a atração sem maiores problemas - único senão fica na final, quando foi ao vivo. Sabrina é boa no gravado, mas ainda tem que fazer alguns 'ao vivo' para ganhar mais traquejo.
Fato é que quem aprecia uma rotina, o hábito de ver os programas com os mesmos apresentadores, com uma mesma narrativa, deve ter ficado um pouco desconfortável com o que aconteceu na TV em 2021. Definitivamente, foi um ano bem movimentado e fez com que percebêssemos que nada dura para sempre. E que mudanças também são boas, mexem com a zona de conforto e podem trazer surpresas bem agradáveis.
Meus amigos, o ano novo já é amanhã. Literalmente. No que se refere à televisão, que 2022 traga muita programação boa para gente assistir e conversar a respeito. Espero vocês!
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