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Dira Paes desejava ter feito 'Pantanal' há 30 anos: 'Novela é a minha cara'
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Dira Paes não esconde a emoção de estar no remake de "Pantanal". Pudera. A nova versão, prevista para estrear em 28 de março, está servindo como uma ponte para unir a atriz não só à trama, que ela desejou fazer há 30 anos, como também ao diretor do folhetim, Rogério Gomes, o Papinha. É o que deixa claro a intérprete de Filó, que vai aparecer na história como nesta imagem divulgada com exclusividade pela coluna.
Vou contar uma coisa: faz duas novelas que estou para trabalhar com Papinha. Mas nas duas vezes, eu engravidei (risos). Então, quando tocou o telefone e era o Papinha, a primeira coisa que ele perguntou foi: 'Você está grávida?'. Eu falei não e ele disse: 'Ufa! Então, é agora que vamos trabalhar juntos!'. Foi uma alegria!", comemora a atriz, empolgada por realizar um desejo muito antigo:
Quando foi exibida a primeira versão de "Pantanal", eu estava no começo da minha carreira, e falei: 'Gente, eu sou a cara dessa novela. Eu poderia estar fazendo essa novela!'. Aí, passam-se todos esses anos e, finalmente, acontece esse encontro: com a trama, com Papinha, com esse lugar. Eu, que sou uma pessoa tão "amazônica", me encontrar nesse lugar tão brasileiro, também tão potente... Está sendo um presente na minha carreira."
Na trama, Filó é o braço direito de José Leôncio (Marcos Palmeira) nos afazeres domésticos. Mas ela é muito mais do que uma empregada. No passado, o sertanejo conheceu a bela morena em um prostíbulo. Meses depois, grávida de Tadeu (José Loreto), filho do pantaneiro, ela apareceu na fazenda dele e foi acolhida. Mais do que um emprego, Leôncio deu carinho e acima de tudo proteção a Filó, que vira fera para proteger o amado. Sim, a personagem é profundamente apaixonada pelo "Zé", como ela carinhosamente chama o personagem.
Filó não é a "senhora José Leôncio", mas deveria ser logo de cara. Ela é a alma e o coraçãop daquela casa. Mesmo quando o sertanejo se casa com Madeleine (Bruna Linzmeyer), uma patricinha carioca, e a leva para o Pantanal, a personagem de Dira continuará sendo o arrimo daquele lar. Dira, inclusive, acha importante que se falem dessas mulheres que parecem submissas, dão a impressão de estarem à sombra, mas, na verdade, são o esteio de uma casa.
Meu encontro com Filó é com a mulher, com o feminino aparentemente subjugado. Há uma condição da qual acho que vamos poder falar muito: desse feminino, da mulher que é o esteio, e parece estar sempre à sombra, à margem. Filó não precisa de protagonismo na vida para ser uma protagonista da própria vida. É uma mulher independente. Pode não parecer no começo, mas ela é. Ela é coração e cérebro mesmo", analisa.
Dira ainda poetiza a respeito do nome da personagem. A analogia que faz, no fundo, não deixa de ter razão.
Em certo momento, enquanto estávamos pesquisando a personagem, a gente falou sobre o nome Filó. Fizemos uma metáfora de filó, um pano delicado, todo furadinho. Mas qual é o propósito do filó? É a proteção. Protege de uma maneira que a pessoa quase não percebe, porque é uma proteção sem abafar. É uma proteção suave, delicada e sábia. Filó tem essa capacidade, um dom natural", compara a artista.
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