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Isabel Teixeira chorou ao ler cenas de Maria Bruaca em 'Pantanal'
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Isabel Teixeira tinha apenas 17 anos quando foi ao ar, na extinta TV Manchete, a versão original de "Pantanal". Porém, ela recorda com precisão o quanto ficou impactada com a força da trama de Benedito Ruy Barbosa. Portanto, ao ser convidada para dar vida a Maria Bruaca no remake do folhetim, previsto para estrear dia 28, a atriz não pensou duas vezes: assistiu novamente toda a saga pantaneira, agora, com olhar mais maduro. O impacto, dessa vez, foi ainda maior.
Quando acompanhei (a novela), eu estava terminando o ginásio. Agora, revi e foi muito bom. Assistia por horas, um capítulo atrás do outro. A riqueza dessa personagem é uma loucura. Teve um capítulo que enquanto eu lia, sentei no chão e chorei, sabe?", conta a atriz, de 48 anos.
Não é para menos. Assim como no original, no remake escrito por Bruno Luperi, Maria Bruaca sofre há anos com os maus tratos e abusos psicológicos do marido, Tenório (Murilo Benício). O fazendeiro não tem o menor carinho pela mulher, inclusive, foi quem a "batizou" de Bruaca. Além disso, a deixa por longos períodos sozinha na fazenda, enquanto vai tratar de negócios e de sua segunda família, em São Paulo. Mas tudo muda quando ela começar a se relacionar com o peão Alcides (Juliano Cazarré): os dois viverão um amor proibido e polêmico, que transformará a vida da personagem.
Ela está aprisionada em um casamento e vai percebendo essa situação. Casou muito jovem, se apaixonou, fez uma vida com ele, uma pessoa de quem gostava de fato. Mas não percebia o quanto estava aprisionada. Veremos viradas da personagem nas quais ela vai se conhecendo, se enxergando melhor", analisa Isabel, identificando-se com esse renascimento interno da personagem:
Ser uma mulher de 50 anos, e eu sei porque farei em breve, é uma redescoberta de tudo. Do sexo, do amor, da liberdade, da paixão, da alegria de viver, do aqui e do agora. Metaforicamente e na prática, Maria vai saindo de casa, vendo a paisagem à sua volta. Gravei uma cena que foi a primeira saída dela de casa. Estava num barco, no meio do rio, e foi olhando deslumbrada tudo ao seu redor. Da mesma forma, eu nunca tinha ido ao Pantanal. Então, entendi que tudo que ela via, eu estava vendo também pela primeira vez", diz, poética.
Mulher inspiradora
Se no início de "Pantanal", Maria Bruaca é submissa até o último fio de cabelo a Tenório, o papel tende a mudar quando começar a se envolver com Alcides. De capacho do marido, a personagem começará a enfrentá-lo, a ter consciência de seu lugar no mundo. O que, na visão de Isabel, será inspirador para todas as mulheres.
Principalmente, nessa alegria dela de viver e de se descobrir. Acho que Maria Bruaca vai inspirar também pelas falhas, porque ela não é um exemplo pronto e único. As pessoas vão visitar as dúvidas, vão ver as falhas de percurso e vão vê-la enfrentando suas próprias sombras. Eu acho Maria Bruaca muito corajosa uma mulher que fala: "Até aqui, não estava bom. Vou tentar ver por outro caminho". Tem coragem de cair e levantar. Então, sim, acho que vai ter uma empatia grande do público. Não só para mulheres da minha faixa etária, sabe? Todos nós estamos renascendo o tempo inteiro", acredita a atriz.
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