Maria Marruá vira onça? Ju Paes traz mais mistério à lenda de 'Pantanal'

Há uma mítica grande em torno de Maria Marruá (Juliana Paes) virar onça em "Pantanal". Até mesmo quem não viu a primeira versão da novela, em 1990, exibida na extinta TV Manchete, já ouviu falar da personagem que se transforma nesse animal quando acuada ou para defender quem ama. Na semana que vem, o público verá a mulher de Gil (Enrique Diaz) passando da condição humana para a de bicho ao ver a filha, Juma, quase virando comida de sucuri.

Mas será que é verdade mesmo? Em um determinado momento da novela, a própria filha vai questionar a mãe sobre a veracidade dessa história. Juliana Paes não confirma nem desmente. Pelo contrário, endossa ainda mais a aura de mistério sobre a mãe de Juma (Alanis Guillen).

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Prefiro não dizer o que eu penso. Ela vira mesmo onça ou isso é falatório de gente do local? Ela vira mesmo ou isso é uma sensação de quem viu uma mulher tão forte que disse que ela vira onça e as pessoas realmente acreditaram nisso? Talvez nessa versão, a escolha foi trabalhar mais ainda com esse mistério, com a dúvida em torno dessa transformação", acredita Juliana.

No folhetim, Maria vai virar onça logo após o nascimento de Juma. A mulher de Gil não quer ter mais filhos, após perder três assassinados, quando ainda moravam no interior do Paraná. Portanto, ao engravidar pela quarta vez, tenta não se apegar à maternidade. Tanto que ela abandona a filha recém-nascida em uma canoa, logo depois do parto: Maria acredita que a herdeira é uma maldição. Porém, o coração de mãe fala mais alto: ao ver a embarcação indo embora, e percebendo o interesse de uma sucuri por sua cria, Maria luta com a cobra e vira onça para proteger Juma.

Se a personagem vai se transformar de verdade em um felino, só mesmo vendo a cena. Na versão original, Maria Marruá (Cássia Kis) virava onça, com direito ao som do animal, quando estava atacando. Está certo que não era nenhuma transformação ao pé da letra, com a personagem se fundindo no felino. Mas o público sabia, pelo gesto, postura, que aquela ali não era mais a Maria humana. Pelo visto, na nova versão isso não será diferente:

A gente não vai ver uma transformação completa acontecendo. Trabalhar o mistério, a percepção de cada um, como cada personagem fala dessa mulher que vira onça, é um tempero gostoso de ver. O público vai entender a sua maneira. Essa diferença entre as percepções é um tempero muito gostoso."