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Mauricio Stycer

Globo funde áreas, reorganiza produção e aposta no digital; demissões virão

Novo organograma do Grupo Globo - Divulgação/Globo
Novo organograma do Grupo Globo Imagem: Divulgação/Globo

Colunista do UOL

08/11/2019 16h25

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Resumo da notícia

  • A Globo anunciou nesta sexta-feira uma mudança profunda na sua estrutura
  • Globo, Globosat, Globo.com e Som Livre passam a ser uma só empresa
  • Um executivo cuidará da produção de conteúdo e outro da gestão dos canais
  • Um herdeiro da família Marinho, Paulo, assume um cargo importante no organograma
  • Produtos e serviços digitais são uma das prioridades do grupo
  • Esportes deixa de ser uma unidade independente e volta a integrar a área de conteúdo

A Globo anunciou nesta sexta-feira (08) uma profunda mudança na sua estrutura interna. TV Globo, Globosat, Som Livre, Globo.com e DGCorp (Diretoria de gestão corporativa) passam todos a formar uma única empresa, chamada Globo.

A nova estrutura estabelece que a produção de conteúdo deve ser separada da gestão dos canais e serviços. Assim, a empresa passa a ter um executivo no comando de Canais Globo (Paulo Marinho), outro no de Produtos e Serviços Digitais (Erick Brêtas) e um na Criação & Produção de Conteúdo (Carlos Henrique Schroder).

Ex-diretor do canal infantil Gloob, Paulo Marinho, um dos herdeiros do grupo, agora terá sob seu comando "a gestão do portfólio de canais lineares de televisão: TV Globo e canais de TV por assinatura".

O comunicado, assinado por Jorge Nóbrega, presidente-executivo da empresa, faz uma distinção curiosa aqui. "A gestão da TV Globo tem como missão alavancar a audiência para maximizar a receita publicitária, enquanto os canais de TV por assinatura buscam sua rentabilidade maximizando a equação de audiência, relevância de marca e receita de assinaturas".

Como se dará a relação entre estas três áreas ainda será determinado. Também não foi informado a quem se subordinarão nesta nova estrutura os diretores dos inúmeros canais Globosat.

O cargo de diretor-geral da Rede Globo deixa de existir e Schroder passa a comandar toda a produção de conteúdo da nova empresa. Além de jornalismo e entretenimento, o executivo retoma o comando de esportes, que havia virado uma unidade independente há dois anos, sob a direção de Roberto Marinho Neto.

Saindo do Esporte, Roberto Marinho Neto assume o comando de uma outra empresa da família, a Globo Ventures, "com a responsabilidade sobre os investimentos diretos dos acionistas em novos negócios e em ventures, sempre mantendo uma relação constante de proximidade e troca com a Globo. A Globo Ventures estará ligada ao Conselho de Administração e a mim, de forma a facilitar essa integração", diz o comunicado de Nóbrega.

A estratégia de negócios, diz o comunicado interno, "estabelece que seremos uma empresa voltada para o relacionamento direto com o consumidor, centrada no mercado brasileiro, baseada em produtos e serviços de mídia que criem experiências emocionantes para as pessoas".

O comunicado enfatiza: "Conteúdo é a nossa grande vantagem competitiva". Todos os negócios digitais passam, também, a ser centralizados, assim como a publicidade.

A empresa não deu detalhes sobre cortes de pessoal, mas serão inevitáveis. O programa "Uma Só Globo" prevê integração em todas as áreas, buscando encerrar duplicidades de função.

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