Régis viveu tantas reviravoltas que Gianecchini não deu conta do personagem
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Resumo da notícia
- Na reta final de A Dona do Pedaço, Régis sofreu uma nova reviravolta: encontrou Jesus
- Do início da trama, como um playboy, até esta fase final, como convertido, o personagem foi de tudo um pouco
- Não é fácil para nenhum ator viver um personagem que passa por tantas viradas. Reynaldo Gianecchini não deu conta
E Régis encontrou Jesus. O personagem de Reynaldo Gianecchini marcou o capítulo desta segunda-feira (18) de "A Dona do Pedaço" com mais esta transformação. Começou com a ida à penitenciária para visitar Josiane (Agatha Moreira), a mulher que destruiu a sua vida. Diante da vilã arrependida, ele disse:
"Eu fui fraco, Jô. Eu sou fraco. Eu tive chance de me reerguer muitas vezes. Mas cada vez que vou abrir as asas, parece que eu mesmo me boicoto. Eu não preciso de inimigos. Sou meu pior inimigo. E se não fosse você, outra pessoa teria me atirado no abismo. Ou eu iria pro abismo com minhas próprias pernas".
Vendo o estado deplorável do ex-namorado, Josiane aconselhou que ele procurasse o mesmo pastor que a converteu. E não é que Régis achou uma boa ideia!?! No templo, o homem o abraçou e pregou: "Somente diga comigo. Jesus, venha até mim". E Régis respondeu: "Jesus... Jesus venha até mim. Jesus venha até mim".
Nenhum outro personagem de "A Dona do Pedaço" enfrentou tantos percalços e mudou tanto de personalidade quanto Régis. Quando a novela começou, ele era o que o site da Globo definia como um sujeito "bonito, charmoso, um playboy sem juízo". Sua principal ocupação eram as aulas de tênis no clube de ricaços.
No sexto capítulo, ainda na primeira fase, ao chegar do treino, Régis descobriu que sua mãe havia demitido a faxineira, Maria da Paz (Juliana Paes), ao saber que ela estava grávida. O bom homem, charmoso e galante, pegou o seu carrão conversível importado e levou a empregada demitida até em casa.
Na segunda fase, 20 anos depois, ainda um playboy, Régis perdeu a mesada familiar, dada por Agno (Malvino Salvador) e começou a perder o juízo. Ele logo conheceu Josiane, 20 anos mais jovem do que ele, e se encantou pela patricinha.
Precisando de dinheiro para impressioná-la, o playboy começou a mostrar que era, também, mau caráter e roubou uma joia recém-comprada pela mãe. A empregada, claro, foi acusada do roubo e Régis não falou nada.
Rapidamente, ele se transformou num pilantra. Josiane contou que pretendia roubar o dinheiro da mãe e ele achou a ideia razoável. Em seguida, ela o convence a conquistar o coração da mãe. E ele, com toda a sua experiência, topa embarcar num golpe desses.
Depois de algum tempo, fomos informados que o playboy também tem um vício: o jogo. Ele perde fortunas em cassinos clandestinos. E se torna um ladrãozinho, assaltando os cofres de Maria da Paz para conseguir dinheiro e pagar as dívidas.
No meio desta trama, nova reviravolta: Amadeu descobre que Régis tem um filho; o playboy forja um exame de DNA para desmentir a paternidade. Precisou vender um carro importado e, com o dinheiro, subornou o funcionário do laboratório.
Todo mundo tenta alertar Maria da Paz sobre Régis, mas ela, a personagem mais burra da novela, não vê nada e acaba se casando com ele. E financia o marido a abrir uma loja de vinhos.
Em parceria com Josiane, o pilantra convence a boleira a se endividar e comprar uma mansão. Um dia, Maria da Paz flagra os dois na cama e dá um tiro no ombro do marido. A esta altura, nova reviravolta, Régis já despreza Josiane e está apaixonado pela boleira.
"Você me dá horror", ele diz para Josiane, que arrancou tudo da mãe, incluindo a fábrica. Régis corre atrás de Maria Paz, mas ela, arruinada, não quer saber dele. É o início da redenção do playboy. Ele assume para a ex-mulher que falsificou exame de DNA. "Quero ser um novo homem, quero mudar por você".
E muda mais uma vez. Por tramoia de Josiane, vira suspeito do assassinato de Jardel. Volta a jogar e perde mais dinheiro no cassino. Vende parte do estoque para pagar as dívidas. É preso por suspeita que iria fugir do país.
Na penúltima semana, por amor a Maria da Paz atenua depoimento contra Josiane no tribunal. Daí à conversão religiosa na última semana.
Gianecchini não convenceu como Régis? É verdade. Foi muito mal. Mas quem conseguiria dar conta de um personagem como esse? Nem Raul Cortez (1932-2006), nem Sergio Cardoso (1925-1972), nem mesmo sir Laurence Olivier (1907-1989) teria segurado essa barra.
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