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Mauricio Stycer

Iris Abravanel comanda e SBT exibe live de Bolsonaro com líderes religiosos

Íris Abravanel, mulher de Silvio Santos, comanda live com o presidente Bolsonaro e líderes religiosos - Reprodução
Íris Abravanel, mulher de Silvio Santos, comanda live com o presidente Bolsonaro e líderes religiosos Imagem: Reprodução

Colunista do UOL

12/04/2020 21h16

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O presidente Jair Bolsonaro participou neste domingo de uma videoconferência com cerca de 40 líderes religiosos em comemoração à Páscoa. Parte de sua fala foi exibida no SBT.

Além dos religiosos que dividiram a "live" com Bolsonaro, chamou a atenção a presença de Íris Abravanel, mulher de Silvio Santos, que é evangélica. Ela comandou a conferência virtual exibida pela TV Brasil, chamando os diferentes religiosos a falar e fazendo comentários de cunho religioso. A transmissão durou mais de duas horas.

Segundo disse o pastor e deputado federal Marcos Feliciano, a "live" foi uma iniciativa da primeira-dama Michelle Bolsonaro e foi organizada por Fabio Wajngarten, chefe da Secretaria Especial de Comunicação Social (Secom).

Antes de passar a palavra a Bolsonaro, que encerrou a transmissão, Íris disse: "Eu quero falar diretamente com a nossa primeira-dama, Michelle. Eu tenho autoridade para falar isso, porque sou esposa de um homem público, um homem famoso. Nós recebemos muitas flores, mas também recebemos muitas pedradas."

E acrescentou: "Nós temos que perseverar. E aqueles que perseverarem conhecerão verdadeiramente o que é a glória de Deus. Quero pedir a Deus que nosso povo levante as mãos para te fortalecer, te dar coragem, para colocar sobre você e sobre o casal uma enxurrada de amor. Que vocês se amem, se respeitem."

Por fim, falando diretamente com Bolsonaro, Íris disse: "E que você, presidente, que Deus também te capacite, dê sabedoria, que dê coragem, força. Porque pode ter certeza que o povo está com você. Deus abençoe o Brasil, Deus abençoe você, Deus abençoe todos nós, povo brasileiro."

No início da "live", Íris avisou: "Não sou teólogo, conhecedora da palavra, como todos vocês aí, mas eu amo a Deus, amo Jesus, e estou aqui para falar um pouquinho dele". Na sequência, ela apresentou uma longa explicação sobre a Páscoa.

Íris também falou muito de sua fé: "Quem conhece, quem tem uma intimidade com Deus, pode se relacionar de uma maneira tão incrível. Eu aprendi nestes 22 anos que leio a Bíblia. O que eu tenho para passar para vocês é o seguinte: Jesus veio para nos libertar, para nós termos uma vida de alegria, de paz e justiça. Se não tiver justiça e paz, também não tem alegria"

Numa referência ao isolamento social causada pela pandemia de coronavírus, Íris disse: "Nós temos que fazer o possível para nos mantermos unidos. Neste tempo de confinação aqui, sei que tem um monte de mulher querendo matar o marido e marido querendo matar a mulher", observou. "Nós estamos passando por uma universidade. Nós estamos tendo a chance de aprendermos a sermos seres humanos melhores".

A primeira-dama do SBT disse ainda: "Amar mais o próximo. Conhecer mais profundamente cada pessoa, se doar mais. Depois de tudo isso, eu creio, esse país é muito abençoado, Deus ama esse país e tudo que ele deu não foi à toa. Tem um propósito nisso tudo".

"Temos que ter gratidão por tudo isso. Quem tem o coração grato não tem amargura. Quando eu começo a murmurar, a reclamar, minhas filhas logo me abordam e falam: para com isso. E eu penso nas coisas que eu posso sentir gratidão e meu coração se enche de alegria"

O discurso de Bolsonaro foi dirigido, naturalmente, aos religiosos: "A responsabilidade é muito grande. A cruz é muito pesada, mas com milhões de pessoas ao meu lado, que tem o coração verde e amarelo, que creem em Deus e acreditam no seu pais, nós podemos vencer este obstáculo", disse o presidente.

"Tem agora esse vírus. É o que tenho dito desde o começo. Há 40 dias. Temos dois problemas pela frente. Lá atrás eu dizia: o vírus e o desemprego. Quarenta dias depois, parece que está começando a ir embora a questão do vírus", disse Bolsonaro. "Mas tá chegando e batendo forte o desemprego".