Record vê Guedes fraco, errando na pandemia e insensível com os pobres
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Normalmente afinada com o governo Bolsonaro, a Record deu a entender nesta quinta-feira (23), em seu principal telejornal, que está farta do ministro da Economia, Paulo Guedes. O "Jornal da Record" exibiu uma mistura de reportagem com editorial, fazendo inúmeras críticas a um dos principais ministros do governo.
Após exibir uma reportagem sobre o programa Pró Brasil, um plano de ações do governo contra a crise, o "Jornal da Record" observou que a iniciativa "aumenta a presença do Estado na economia". E, por isso, "a ação expõe um enfraquecimento do ministro Paulo Guedes sobre as decisões econômicas".
O repórter Clebio Cavagnolle registrou que Guedes não participou do anúncio do plano. "A ausência de Guedes sinaliza uma perda de poder daquele que foi considerado um superministro", disse.
Um quadro mostrou "5 erros de Paulo Guedes". Eram tantos erros que não couberam numa tela apenas e foram exibidos em duas partes. Em seguida, foram esmiuçados pela reportagem.
Cavagnolle disse: "O enfraquecimento de Guedes ficou mais evidente com a batalha contra o coronavírus. Para economistas, colegas de profissão de Guedes, o ministro demorou a tomar algumas ações cruciais de enfrentamento à pandemia".
Dois economistas entrevistados criticaram o ministro: Para Newton Marques, "a equipe dele não está preparada para um momento como esse". Segundo Vander Mendes Lucas, o ministro "menosprezou o impacto da pandemia para os pobres".
O repórter prosseguiu no ataque dizendo: "Um exemplo da falta de sensibilidade de Guedes com os mais pobres foi a recomendação para que o governo vete a ampliação de acesso a idosos carentes do Benefício de Prestação Continua (BPC)".
Também observou: "Para piorar, a situação do ministro fica ainda mais desconfortável diante das recorrentes altas do dólar. Guedes, que por diversas vezes previu um controle maior sobre a moeda, errou em todas as projeções."
E finalizou com mais uma crítica: "Não fez chegar a setores fundamentais para a economia, como as empresas aéreas, o dinheiro prometido pelo governo".
A depender da Record, o ministro está com os dias contados no governo.
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