Alinhada com governo, Record vê "narrativa dominante de alarmismo" na mídia
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Como cobrir a pandemia de coronavírus, que em três meses já causou 41.828 mortes no Brasil? Na visão de Antônio Guerreiro, vice-presidente de jornalismo da Record, é preciso dosar realidade com esperança.
Em uma live do "Meio & Mensagem", publicação dedicada ao mercado publicitário, exibida nesta sexta-feira (12), o executivo disse: "Levar informação de qualidade, com credibilidade e sem alarmismo. Isso é o que define, pra mim, a cobertura da Record nessa pandemia".
Guerreiro chegou a esta fórmula após olhar em volta e não concordar com o que estava vendo. "Fiquei muito preocupado quando comecei a ver uma narrativa dominante de um alarmismo absurdo".
A sua visão coincide com as seguidas críticas do presidente Jair Bolsonaro e do ministro-chefe da Secretaria de Governo da Presidência, Luiz Eduardo Ramos, à cobertura de alguns veículos, em especial da Globo. Bolsonaro tem se referido à emissora carioca como "TV Funerária". Sem citar a Globo, Ramos já acusou meios de comunicação de "parcialidade" por não divulgarem os dados do "placar da vida" e enfatizarem apenas os números de mortos.
Guerreiro afirma que, apesar de defender uma cobertura mais leve, não está "minimizando em nada a pandemia". Ele diz que o jornalismo da Record mostra diariamente que "a pandemia é muito séria".
Mas ressalva: "Nós não podemos deixar de levar a esperança. Somos uma emissora de TV aberta, somos uma concessão pública, nós temos presença no território brasileiro inteiro, nós temos que mostrar, sim, que há esperança".
E, otimista, defende: "Nós vamos vencer essa crise tanto econômica, quanto sanitária, quanto política. Nós vamos vencer, nós vamos sair dessa".
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