Record precisa ser mais transparente em respeito a Raissa e ao público
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Não tem graça.
Nesta sexta-feira (16), mais uma vez, a modelo Raissa Barbosa teve um episódio de descontrole emocional. Foi durante uma conversa com Luiza Ambiel. Levantou-se subitamente, bateu a porta do quarto e começou a gritar. Atravessou a casa, entrou no banheiro e chutou violentamente a porta até derrubar parte de sua estrutura.
Dias antes, Raissa saltou correndo sobre três camas e encarou Carol Narizinho, sua amiga, num estado de tensão pesado. A expectativa de uma agressão ficou no ar.
Ao ser indicada pela segunda vez para a roça, despejou um tubo de creme em cima de Cartolouco e Biel. Na primeira vez que foi mandada para a roça, atirou água no cantor e socou violentamente um travesseiro para extravasar a raiva que estava sentindo.
Na discussão desta sexta com Luiza, Raíssa informou: "Estou medicada para me controlar". Luiza ouviu e questionou: "Você ia fazer o quê?" Raissa explicou: "Eu perco a linha, você sabe. Eu não quero mais perder a linha, eu quero ter controle das minhas atitudes".
O perfil oficial de Raíssa disse que ela sofre de síndrome de borderline - um transtorno que afeta o humor e o comportamento da modelo. A Record se nega a falar sobre o estado de saúde dela sob o argumento do "sigilo médico". Não confirma nem desmente o que ela tem.
Com base no que já foi exibido, o espectador tem o direito de se perguntar se uma pessoa com esta condição, tomando medicamentos, pode participar de um programa que afeta emocionalmente até quem não tem transtorno algum. Se a resposta for "sim", cabe à Record explicar isso para quem está assistindo.
A Record está promovendo uma superexposição de uma mulher que precisa de ajuda e colaborando para que estereótipos pesados, como o da a "mulher louca", continuem sendo reproduzidos.
A emissora precisa ser mais transparente. Dizer como está auxiliando Raissa e, mesmo, explicar por que a mantém dentro da "Fazenda".
Não há graça em ver uma pessoa com um problema sério sofrendo em uma casa vigiada 24h. Isso não é entretenimento.
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