Química de Ana Maria e Tom Veiga garantiu a originalidade do "Mais Você"
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Mais de uma vez brinquei que o "Mais Você" era o único programa no mundo comandado por uma mulher e um papagaio. A permanência deste arranjo original por mais de 20 anos deve-se à incrível química que Ana Maria Braga e Tom Veiga desenvolveram.
"Não sei o que seria da minha vida sem meu terceiro filho, o Louro José", disse Ana em mais de uma ocasião. E faz todo sentido.
O tom ameno e agradável da conversa de Ana era contrabalançado pelo estilo elétrico e debochado do personagem de Tom Veiga. O Louro dizia o que a apresentadora apenas pensava, como neste diálogo, certa vez, na hora de cortar um bolo de carne, que me fez rir:
Ana Maria: É sempre uma surpresa. Vamos ver o que acontece.
Louro: É agora!
Ana Maria: As meninas ficam com o... coração na mão. E eu também.
Louro: O coração, né? Sei!
Ana Maria: Hahaha Você quer que eu diga o quê?
Louro: Coração tá bom!
É verdade que o Louro José nasceu no "Note e Anote", da Record, em 6 de março de 1997, mas foi no "Mais Você", ao longo de 21 anos, que se tornou mais do que um coadjuvante - virou praticamente um coapresentador ao lado de Ana.
Profissionais que conviveram com Veiga no "Mais Você" contam que ele incorporava o personagem deitado, atrás da bancada, segurando o boneco com a mão direita. Mas tinha dificuldade em reproduzir o tom de voz do Louro fora do estúdio.
Em seu perfil no Instagram, Ana voltou a dizer que Tom era como um filho para ela e escreveu: "Perdi meu parceiro de todo dia, meu amigo, meu filho. O Tom era um menino de sorriso solto, sempre alegre, com um humor único e talentoso demais. A fragilidade da vida nos pegou mais uma vez de surpresa e me deixou completamente sem chão. O momento agora é de oração."
A notícia da morte de Tom Veiga neste domingo (01) deixa todo mundo em choque. Se para Ana Maria o personagem que ela criou era um filho, para o o público era algo essencial, indissociável da apresentadora.
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