Balanço de 2020 na TV: Seis momentos para esquecer
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Listas de melhores e piores são sempre muito pessoais, e esta aqui não é diferente. Passei o ano diante da televisão e, claro, tive vários dissabores. Lembro aqui de seis situações que me desagradaram.
Regina Duarte: Simpatizante de Jair Bolsonaro desde as eleições, a atriz foi nomeada secretária de Cultura em março de 2020, em substituição a Roberto Alvim, exonerado após postar um vídeo com referências nazistas. Regina ficou pouco mais de dois meses no cargo. Não teve autonomia para nomear nem exonerar figuras da área. E, no seu pior momento, deu uma entrevista à CNN em que cantou uma marchinha minimizando os assassinatos e mortes que aconteceram durante a ditadura militar.
Salve-se Quem Puder: Lançada no final de janeiro, em substituição à excelente "Bom Sucesso", a novela de Daniel Ortiz, com Deborah Secco, Vitória Strada e Juliana Paiva, representou um novo aceno da Globo a um gênero que exige pouco esforço: a comédia levíssima, escrachada mesmo, com todos os clichês possíveis. Um retrocesso, na minha opinião. As gravações foram interrompidas em março e retomadas em agosto, mas a novela só volta ao ar em 2021.
Espólio de Gugu: Morto em novembro de 2019, Gugu Liberato permaneceu no noticiário em todo o ano de 2020 por causa da disputa pelo seu espólio bilionário. De um lado, estão a mãe e os irmãos do apresentador; de outro, a mãe de seus três filhos. E há ainda o chef de cozinha que pediu - e depois desistiu - o reconhecimento de uma união estável com Gugu. Notícias e entrevistas expuseram cruelmente a intimidade que o apresentador buscou manter preservada em vida.
Cidade Alerta: O programa policial da Record, comandado por Luiz Bacci, foi notícia várias vezes ao longo do ano por causa de sensacionalismo, erros e exageros. Em fevereiro, uma mãe soube da morte da filha ao vivo, durante uma entrevista. Em junho, a filha de um homem assassinado expôs a falta de cuidado jornalístico da atração. Em julho, um homem foi morto após uma imagem sua aparecer na tela como suspeito de um crime.
Carioca com Bolsonaro: Num ano em que os jornalistas que cobrem o Palácio do Alvorada foram alvo de ameaças e xingamentos, o humorista Carioca encenou um esquete na companhia do presidente Bolsonaro e ofereceu bananas aos repórteres. O quadro serviu de pretexto para o presidente não responder aos jornalistas sobre o resultado do PIB, que havia sido anunciado pouco tempo antes.
Marcão suspenso: O apresentador Marcão do Povo, do telejornal "Primeiro Impacto", no SBT, foi suspenso após defender no ar a criação de "campos de concentração" para pacientes com covid-19. Seria uma forma de relaxar o confinamento determinado pela OMS (Organização Mundial de Saúde) e adotado na maioria dos estados brasileiros. Seis dias depois, ele pediu desculpas.
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