Em ação, Melhem expõe dezenas de áudios e pede indenização a Calabresa
Receba os novos posts desta coluna no seu e-mail
Em ação de indenização por danos morais e materiais contra Dani Calabresa, protocolada nesta quinta-feira (14) na Vara Cível de São Paulo, Marcius Melhem apresenta dezenas de mensagens de áudio e texto que comprovariam, segundo ele, a intimidade entre os dois entre 2017 e meados de 2019.
A ação tenta demonstrar que o tratamento de Calabresa a Melhem "é absolutamente incompatível com aquele esperado de uma sedizente vítima de assédio", diz Marcello de Camargo Teixeira Panella, advogado do ator no texto.
"O tom jocoso e íntimo era constante no tratamento entre ambos. Entre autor e ré eram comuns as brincadeiras, inclusive de natureza sexual. Mas nada aí havia de constrangedor, abusivo ou imposto", afirma a ação.
"Tais manifestações, com efeito, se davam no âmbito da livre esfera de vontade de dois adultos, solteiros, maiores e capazes. Sob essa ótica nada há a ser recriminado ou censurado; frise-se, não sendo cabíveis quaisquer juízos de valor a respeito."
Detalhes sobre a ação foram divulgados nesta quinta-feira pela revista "Veja". O UOL acessou a peça judicial no início da noite dentro do site do Tribunal de Justiça de São Paulo.
Melhem pede uma indenização de R$ 200 mil, que promete doar, se vencer, à Associação de Assistência a Criança Deficiente (AACD) e cobra o ressarcimento do custo de todo o tratamento psiquiátrico/psicoterápico que fez entre fevereiro e dezembro de 2020, no valor de R$ 46.400,00, por causa do "grave sofrimento moral e psíquico" sofrido, assim como uma retratação pública de Calabresa.
Ao justificar a inclusão de áudios e mensagens íntimas na ação, o advogado de Melhem diz que a transcrição das conversas "não é gratuita e nem tem qualquer propósito midiático, como as informações que vêm sendo transmitidas pela imprensa a respeito do caso". Segundo ele, "justifica-se e faz-se necessária para o fim de se restabelecer a verdade dos fatos e demonstrar a tônica que regia o relacionamento" dos dois.
Sobre a acusação mais grave, de assédio sexual e violência durante uma festa em novembro de 2017, Melhem nega e acrescenta que trocou "beijos e carinhos, de modo absolutamente consensual" com Calabresa. E diz ainda que, na mesma festa, "trocou também beijos e carinhos com uma amiga convidada por Daniella, e que não foi referida pela reportagem da Revista Piauí."
Com a exposição de inúmeras mensagens trocadas após esta festa, a ação busca mostrar que "a relação pessoal e profissional entre o autor e a ré se manteve harmoniosa, com a mesma afetuosidade, nos meses e nos anos seguintes".
Escreve o advogado: "Ora, fosse verdade o veiculado na Piauí, não seguiria a ré requisitando conselhos pessoais e profissionais ao autor. Fosse verdade, não teria a ré encaminhado dezenas de áudios carinhosos ao autor, enaltecendo-o nos âmbitos pessoal e profissional. Fosse verdade, não teria enviado áudios e mensagens para comentar e divertir-se com situações inusitadas por ela vivenciadas."
Em 17 de dezembro, as advogadas que representam Calabresa e outras funcionárias da Globo entraram com pedido de investigação de Melhem no Ministério Público. Elas prometeram entrar também com um processo criminal contra o ator pelo fato de ele ter divulgado áudios de uma conversa com Calabresa e um pedido de indenização por danos morais à atriz.
Procurada pela coluna, Mayra Cotta, uma das advogadas da atriz, não quis comentar a ação de Melhem.
Nesta sexta-feira (15), o juiz Fernando Henrique de Oliveira Biolcati acatou o pedido da defesa de Calabresa e decretou segredo de Justiça sobre o caso.
Melhem: Fui um homem tóxico, mas jamais tive relação que não foi consensual
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.