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Especial da Globo coloca em primeiro plano vozes femininas do Brasil real
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Neste Dia Internacional da Mulher, a Globo exibe "Falas Femininas", o segundo fruto do Projeto Identidade, dedicado a valorizar temáticas da agenda social vinculadas a datas do calendário.
O primeiro programa, o emocionante e atualíssimo "Falas Negras", foi ao ar no Dia da Consciência Negra, em 20 de novembro do ano passado.
Realizado por uma equipe majoritariamente feminina, dirigida por Antonia Prado e Patrícia Carvalho, o novo especial coloca em primeiro plano o cotidiano de cinco mulheres de idades e origens diferentes, corajosas e batalhadoras, todas com histórias de dificuldades materiais e superação para contar.
São elas:
Sebastiana do Santos Oliveira, a Tina, diarista, de 47 anos, nascida na Bahia, vive em São Paulo com os dois filhos (18 e 8 anos). Sempre pagou todas as contas sozinha. Estudou só até a quarta série e diz que isso atrapalha muito para conseguir trabalho. Se considera uma mulher de fé, mas não "segue placa", ou seja, não tem religião.
Cristiane Sueli de Oliveira, auxiliar de enfermagem, de 44 anos, nasceu e mora em São Paulo, separada há dois anos, mora com os quatro filhos (23, 18, 13 e 7), se divide entre a rotina no hospital, onde trabalha na linha de frente do combate à covid-19, e cuidado deles.
Carol Dall, estudante universitária, de 26 anos, nascida em Bonsucesso, criada em Duque de Caxias, trabalhou para pagar o próprio cursinho pré-vestibular e hoje estuda geografia na UFRJ. É "slammer" e nas batalhas de poesia expõe suas vivências; está gravando seu primeiro disco de rap e a mãe é sua grande inspiração.
Gleice Araújo Silva, ambulante, de 29 anos, mais conhecida como Ruana (foi batizada assim porque nasceu na rua), mora com marido e as três filhas (6, 5 e 4 anos). Ele é militar, e ela tem uma barraca de drinks na praia, em Salvador.
Maria Sebastiana Torres da Silva, sanfoneira e agricultora, de 59 anos, nasceu em São Raimundo Nonato, no Piauí, trabalha na roça desde criança, teve nove filhos, é avó de 14 netos e ainda trabalha; em 2019, entrou em uma escola para alfabetização para adultos.
"Falas Femininas" foi realizado em duas fases. Na primeira, a equipe do programa captou as histórias de cada mulher nos locais onde vivem; na segunda, todas foram reunidas em um estúdio, em São Paulo, onde trocaram impressões sobre as suas experiências com a atriz Fabiana Karla.
O resultado é bonito e tocante. E faz pensar sobre como faz falta na televisão esse Brasil real. Veja abaixo um vídeo promocional de "Falas Femininas".
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