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Será que o BBB 21 chegou ao ápice antes da hora? Público está votando menos
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Iniciada a sétima das 14 semanas programadas do "BBB 21", há razões para suspeitar que o melhor do programa ficou para trás. A eliminação em sequência, entre a quarta e a sexta semana, de três dos principais "vilões" do reality show (Nego Di, Karol Conká e Lumena) reforçou esta impressão.
Em defesa desta ideia, basta olhar para o total de votos nos paredões até agora. Eles vão num crescendo até a eliminação de Karol e, então, caem de forma significativa, apontando uma clara perda de interesse do público em decidir o destino dos participantes:
1. Kerline: 29 milhões
2. Bil: 105 milhões
3. Nego Di: 169 milhões
4. Karol: 285 milhões
5. Lumena: 97 milhões
6. Carla (falso): 62,6 milhões
O quinto paredão do "BBB 20", o da eliminação de Bianca Andrade, teve 132 milhões de votos. Mas a coisa só esquentou mesmo a partir do oitavo paredão, com a eliminação de Pyong, com um total de 385 milhões de votos. Sete dos dez paredões com mais votos na história do programa ocorreram na edição passada.
Contra a ideia de que estaria ocorrendo uma perda de interesse do público, há uma outra série significativa de números - os índices de audiência do programa em São Paulo, o maior mercado do país. Segundo o Kantar Ibope, os números do "BBB 21" estão num bom patamar, em torno de 29 pontos, e apontam que a melhor média semanal ocorreu justamente na semana da eliminação de Lumena.
Na semana anterior, a da eliminação de Karol, o programa bateu o seu recorde de audiência (38,3 pontos na noite do paredão) e de votos (285 milhões), mas a média semanal foi prejudicada pelo resultado de quinta-feira (25/2), quando o programa foi ao ar tarde, após a exibição da última rodada do Brasileirão, e registrou apenas 13,4 pontos.
O paredão falso, exibido nesta terça-feira (09), veio para quebrar a rotina e mostra que a direção do programa tem cartas na manga para manter a temperatura alta. A espetacular volta de Carla, vestida como um "dummy", dando ordens para os participantes acordarem e irem para a área externa, foi um momento antológico do reality.
Num sinal de que ainda está mobilizando o público, a audiência deste episódio, 32,9 pontos em São Paulo, foi a segunda melhor do programa, só inferior à da noite de eliminação de Karol.
Resta ver se os trunfos de Carla (o que ouviu, ou acha que ouviu, e o medo dos demais participantes) serão capazes de mexer com a dinâmica do programa.
Levo fé que, por sua própria natureza, o "BBB" ainda vai ver surgir novos vilões e novas situações internas, desenvolvendo conflitos inesperados. Mas é evidente que o programa perdeu um pouco da sua temperatura inicial.
Não acho que o "BBB 21" chegou ao ápice antes da hora, mas já viveu momentos melhores do que os atuais. Ainda assim, acredito que o programa promete surpresas.
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