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Com documentário e show no BBB, Globo prolonga cancelamento de Conká
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O principal atrativo do "BBB", a razão de seu sucesso há duas décadas, é a oportunidade que oferece ao público de julgar os participantes. Como já escrevi várias vezes, as diferentes ferramentas de interação, exploradas de forma cada vez mais eficiente, estimulam os espectadores a agirem como juízes do talento, do carisma, mas especialmente do caráter, da moral e da ética alheia.
Karol Conká é a enésima figura que passa por esse moedor de carne. Mas com dois agravantes. Talvez nunca alguém tenha parecido tão insistentemente inescrupuloso num "BBB" quanto ela. E nunca uma pessoa famosa, com uma carreira reconhecida, teve tantas atitudes horríveis num reality show, diante de dezenas de câmeras, quanto ela.
A primeira consequência mais visível dos 30 dias que passou no "BBB 21" foi o resultado da votação que a eliminou em 23 de fevereiro: 99,17% de 285 milhões votos. Carimbada com o maior percentual de rejeição da história do programa, um índice que dificilmente será superado, Karol se assustou. E a Globo, ainda que também impactada, viu se abrir uma janela de possibilidades.
A cantora, óbvio, se deu conta que caiu num buraco profundo. E a emissora entendeu que, embora não fosse culpada pela criação do monstro, tinha responsabilidade pela visibilidade que deu à figura. Isso explica a romaria de Karol por diversos programas da Globo (Faustão e "Fantástico" num mesmo domingo) e o cuidado ao expor os seus piores momentos no "BBB".
Como reagir a isso tudo? O chamado gerenciamento de crises não é a minha especialidade, mas arrisco dizer que Karol errou ao aceitar o convite do Globoplay para um programa sobre a sua derrocada. Ela ignorou que, na visão do público, "A Vida Depois do Tombo" seria visto como um prolongamento do "BBB 21", um novo paredão para ela.
Os comentários, em sua maioria, deixam claro que Karol continua no "BBB". "Não acredito no arrependimento". "Não há evolução, isso é nítido". "Somente um pedido vazio de desculpas para limpar a imagem". "Ninguém muda tão rápido". "Eu realmente não vejo sinceridade nela". "Mais um passando pano!!! Aff.... Ela é horrível".
Para piorar, a Globo informou na sexta-feira (30) que Karol cantará na final do "BBB 21", terça-feira (04), da mesma forma que Projota, Rodolffo e Pocah. Qual é a chance de essa ser uma boa experiência para o público? E o que a cantora vai ganhar com isso?
A emissora pode até achar que está ajudando Karol com essa exposição (documentário e festa da final), mas na verdade só está prolongando o linchamento virtual, o cancelamento, como se diz hoje, da artista.
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