Pior leitura de 2020: Rosangela Moro vence o Prêmio Menino do Acre
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Desta vez não teremos a minha lista de melhores do ano. 2020 foi um tempo de muitas, mas muitas leituras mesmo. Mergulhei principalmente na literatura latino-americana, com destaque para a produção brasileira contemporânea. A cada coluna, indico aos leitores boas obras e também os previno de eventuais ciladas. Mais do que criar um ranking com as leituras, é no dia a dia que compartilho o que vale ser lido e o que merece o desprezo.
Neste ano tive a felicidade de contribuir com dois dos nossos principais prêmios literários. Compus o júri da primeira fase do Oceanos e, no Jabuti, fui um dos três leitores responsáveis por escolher o melhor Romance Literário do ano. Os dois troféus foram para Itamar Vieira Jr pelo seu "Torto Arado" (Todavia). E com muita justiça. Milhares de leitores e críticos importantes já vinham consagrando a obra como o grande trabalho da temporada. Fico contente de ter dado minha contribuição no processo de reconhecimento desse livraço.
Foi um ano de diversas boas leituras que, por conta do momento em que aconteceram, por conta da vida, do ritmo das pautas, acabaram não ganhando nenhuma menção na coluna ou no podcast. Então, se não farei listonas de melhores do ano, pelo menos fecho 2020 citando títulos que me causaram boa impressão e que ainda não tinham passado por aqui. Alguns deles mereciam bem mais que isso, eu sei, mas paciência. Se estiver na dúvida entre ler ou não algum deles, voto para que leia. Eis:
"Comemadre", de Roque Larraquy (Moinhos). "Todos os Santos", de Adriana Lisboa (Alfaguara). "Crocodilo", de Javier Contreras (Companhia das Letras). "O Coveiro de Buenos Aires", de Mauro Maciel. "O Melindre nos Dentes da Besta", de Carol Rodrigues (7 Letras). "Controle", de Natalia Borges Polesso (Companhia das Letras). "2+1", de Rogério Menezes (Bissau Livros). "Rafaela em Queda", de Cyro Leão (Patuá). "Agora Serve o Coração", de Nei Lopes (Record). "As Margens do Paraíso", de Lima Trindade (CEPE). "Carta à Rainha Louca", de Maria Valéria Rezende (Alfaguara). "Demerara", de Wagner Barreira (Instante). "Réstia de Alho", de Maurício Lara (Quixote). "Maréia", de Miriam Alves (Malê). "Cancún", de Miguel Del Castillo (Companhia das Letras). "Suíte Tóquio", de Giovana Madalosso (Todavia). "Desamparo", de Fred Di Giacomo (Reformatório). "O Verão Tardio", de Luiz Ruffato (Companhia das Letras). E "A Casa das Aranhas", de Marcia Barbieri (Reformatório).
E se driblo a lista de melhores leituras, pelo menos mantenho o já tradicional Prêmio Menino do Acre para o pior livro lido ao longo do ano. Em 2018, o Troféu Auto Revolucionar-se a Si Mesmo foi para Ernesto Araújo pelo conjunto da obra ficcional (Alga Omega). Em 2019, ficou com E. L. James por "Mister" (Intrínseca). Neste ano, a jaca volta para o Brasil.
A vencedora do Prêmio Menino do Acre - Troféu Auto Revolucionar-se a Si Mesmo é Rosangela Moro por "Os Dias Mais Intensos - Uma História Pessoal de Sergio Moro". Aqui a resenha da peça.
Nos vemos semana que vem, já em 2021 (isso se passarmos mesmo por 2020).
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