Texto baseado no relato de acontecimentos, mas contextualizado a partir do conhecimento do jornalista sobre o tema; pode incluir interpretações do jornalista sobre os fatos.
Os conflitos da França pela vida de Annie Ernaux
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Na 90ª edição do podcast da Página Cinco:
- Papo com a editora Rita Mattar sobre a escritora francesa Annie Ernaux, autora de "O Lugar" (Fósforo, tradução de Marília Garcia).
- A Book Friday de 2021.
- "Na Barriga do Lobo", de Luís Henrique Pellanda (Arquipélago), "Vazão 10.8 - A Última Gota de Morfina", de Diógenes Moura (Vento Leste), e "Travessias Imaginárias - Literaturas de Língua Portuguesa em uma Nova Perspectiva", org. Mirna Queiroz (Edições Sesc), nos lançamentos.
Alguns destaques do papo com Rita sobre Annie Ernaux:
Não ficção
Ela, de fato, ficou muito associada à ideia da autoficção, embora ela mesma diga que escreve não ficção. Ela é super categórica nisso. Ela fala com muita clareza: eu só faço não ficção, tudo o que eu falo ali é verdade.
Linguagem de "O Lugar"
Ela procura essa escrita completamente seca. Ela está falando de coisas que são muito emocionantes mesmo, mas com uma concisão na linguagem que faz com que o livro seja muito na medida, porque, um pouco mais, acho que ela iria errar a mão. E ela tem consciência, ela fala disso no livro.
Projeto
O projeto literário dela, como um todo, tem muito a ver com essa origem e a com questão de classe. Acho que isso é muito constitutivo do projeto da Annie, mais do que qualquer outra coisa.
Literário, acima de tudo
Tem uma maneira de ler a Annie que é quase inevitável, que é como se fosse ficção. Não ficção, ficção, autoficção são categorias, acho, que a gente usa, e os bons escritores as desafiam. No fundo, o que estamos querendo dizer é que é literário, mais do que se é ficção ou não. Ela não tem a pretensão de fazer aquela reportagem objetiva, pelo contrário.
Marca
Ela sempre escolhe momentos muito importantes para ela, da própria vida, e vai trabalhando esses temas tanto na chave pessoal quanto social.
Diálogo
A gente teve há alguns anos, antes disso tudo aqui, um outro sentimento no ar. Eu comentei com ela isso: achava que "O Lugar", especificamente, mas a obra dela como todo, dialogava muito com uma geração de pessoas que ascenderam, que puderam frequentar as universidades, que foram os primeiros de suas famílias a frequentar a universidade.
A foto de Annie usada na arte do podcast é de Catherine Hélie/ Gallimard.
O podcast do Página Cinco está disponível no Spotify, na Apple Podcasts, no Deezer, no SoundCloud e no Youtube.
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