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Literatura, futebol e política: papo com José Trajano
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Na 107ª edição do podcast da Página Cinco:
- Papo com José Trajano, que lançou há pouco "Aqueles Olhos Verdes" (Alfaguara).
- Os vencedores do Oceanos.
- "Sabor Idêntico ao Natural", de Nathalie Lourenço (Vacatussa), e "O Silêncio Daqueles que Vencem as Guerras", de Marco Severo (Moinhos), nos lançamentos.
Destaques do papo com Trajano:
Contador de casos
Não me considero um escritor. Sou um contador de casos. Vou juntando casos, muito deles autobiográficos, e vou enfiando uma ficção aqui, algo de que ouvi falar, daí fica o recheio.
Ciclo
Eu acho que esse quarto livro completou uma história inteira. No primeiro eu falei da adolescência em Rio das Flores, uma paixão juvenil. No segundo eu falo do meu bairro, que é a Tijuca, e do meu time, que é o América. No terceiro eu falo do meu colégio, o São Bento. E no quarto eu volto a Rio das Flores e falo um pouco de futebol, de política. É legal. Escrever é uma delícia, você viaja, vai embora.
Futebol e política
Apesar de ter trabalhado como jornalista esportivo durante muito tempo, o tratamento que sempre dei tinha um viés político. Uma preocupação de não ser o esporte pelo esporte. Sempre fui muito interessado por essa história do integralismo, desse meu tio de segundo grau, um homem muito rico, poderoso. Me lembro das conversas sobre ele. Era um sujeito ligado ao Plínio Salgado. Eu era garoto, mas ouvia essas histórias.
Brasil para os brasileiros
Sempre quis mostrar o Brasil para os brasileiros através do esporte. Gostava de fazer os Jogos Abertos do Interior. A gente não se limitava a só transmitir os jogos. Tínhamos um jornal diário com reportagens mostrando a região, os causos das cidades, os personagens. A gente adorava fazer isso. Transmitíamos os jogos, claro, mas o jornal que me fascinava mais.
Momento sui generis
O nosso momento atual é sui generis. Acho que nunca houve um momento tão ruim, da época do livro pra cá, pegando a cultura, a educação, o meio ambiente e a violência, a segurança. É muito triste o que acontece.
Romantismo no futebol
Nosso lado romântico está em segundo plano. Mas é esse lado romântico que ainda sustenta o futebol... A gente não pode perder isso. Se ficar uma coisa só comercial, pra ganhar dinheiro, o marketing prevalecendo, aí perde a graça total. Ainda bem que a gente se apaixona.
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