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Uma viagem pela história e pela literatura da Ucrânia
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Quando pensamos na Ucrânia, nos escritores da Ucrânia, é comum que um nome nos venha à mente: Nikolai Gógol, autor de obras como "Tarás Bulba", "O Nariz", "O Capote" e "Almas Mortas". Junto de Gógol, talvez pinte ainda um Mikhail Bulgákov com o romance "O Mestre e a Margarida" e a peça "Os Dias de Turbin".
São dois caras que realmente nasceram no território que hoje pertence à Ucrânia. No entanto, produziram em russo, o que já cria um possível ruído em relação ao país atualmente invadido por Putin e seus cupinchas.
Deveríamos, então, ignorar escritores diretamente ligados à Ucrânia mas de tradição literária russa? Não me parece o melhor caminho. Região complexa, nada por ali é exatamente fácil de compreender. Reducionismos e simplismos não são bem-vindos.
As tensões, as disputas e as nações e impérios que emergiram e chegaram ao fim enquanto diferentes povos com diferentes línguas convivem e se atritam naquele canto do mundo remontam a uma história de séculos e séculos. Uma história que repercute e se desdobra em nossos dias, como estamos vendo.
Ter noção dessa complexidade é fundamental para começarmos a entender algo da língua ucraniana e de uma literatura ucraniana feita nesse idioma. Uma literatura pouquíssimo conhecida pelos leitores brasileiros, convenhamos.
Para iluminar esse longo passado e a tradição literária do que hoje chamamos de Ucrânia que convidei Lucas Simone para um papo. O Lucas é formado em História e se fez doutor em Letras pelo Programa de Literatura e Cultura Russa da USP.
Como tradutor, já verteu para o português nomes como Dostoiévski, Tolstói, Chalámov, o próprio Gógol e Svetlana Alexievich, bielorrussa nascida em território ucraniano e que produz em russo, o que nos dá uma amostra das confluências do lugar.
Não é de hoje que o Lucas se debruça sobre as raízes, a formação e a literatura da Ucrânia, o grande tema desta nossa conversa. É um papo em que história, política, língua e arte caminham de forma indissociável.
Alguns dos autores mencionados no episódio: Ivan Kotliarevsky, Ivan Frankó, Taras Shevchenko e Mykhailo Hrushevsky.
A pintura usada na arte de divulgação deste episódio é do ucraniano Taras Shevchenko.
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