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Fui feliz e fiz muita gente feliz: a alegria segundo Ruth Rocha
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Tem mais de ano, desde que a editora Salamandra lançou novas edições de "A Árvore do Beto" e de "Marcelo, Marmelo, Martelo", que tento marcar uma entrevista com Ruth Rocha aqui para o podcast.
As idas e vindas da Covid e a necessidade de a escritora, hoje com 91 anos, se manter isolada foram entraves para a conversa. Mas finalmente saiu. No papo, Ruth falou sobre como tem sido esses anos de pandemia, com direito a livro escrito durante a reclusão e encontros diários via telefone com a irmã para colocar as leituras em dia.
Autora de mais de 200 livros levados para 25 línguas, tradutora de outros 100, é tarefa ingrata ter que apresentar Ruth Rocha. Um dado que ajuda a dar dimensão do tamanho da artista: só "Marcelo, Marmelo Martelo" já vendeu mais de 20 milhões de exemplares.
Ela é uma das maiores autoras da história de nossa literatura, uma mestra da criação para crianças e jovens, disso não há dúvidas. Aliás, certo preconceito que existe contra quem escreve obras infantojuvenis também foi assunto da entrevista.
Além dos já citados, são da escritora livros como "Procurando Firme", "O Reizinho Mandão", "O Menino que Aprendeu a Ver" e de uma versão para crianças da "Declaração Universal dos Direitos Humanos", pilar de convivência tão alvejado em nossos dias. Ruth diz ter desgosto de viver numa época em que as pessoas atacam a ciência, desprezam o conhecimento.
Na conversa, Ruth ainda defendeu a importância do politicamente correto, recordou bons momentos da infância e falou sobre a sua incrível vocação para ser feliz.
A foto de Ruth utilizada na arte do podcast foi feita por Nagila Rodrigues.
O podcast do Página Cinco está disponível no Spotify, na Apple Podcasts, no Deezer, no SoundCloud e no Youtube.
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