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REPORTAGEM

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Marcello Quintanilha, HQs e o absurdo ali na esquina

Colunista do UOL

15/04/2022 04h00

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"Escuta, Formosa Márcia" é um tanto antiga. A primeira gravação que se tem registro da música data de 1823, um ano após a independência do Brasil e mais de uma década antes de Machado de Assis vir ao mundo. E esse não foi o único elemento do século 19 que inspirou Marcello Quintanilha em sua HQ mais recente, intitulado com o mesmo nome daquela canção.

Influências do século 19, inclusive literárias, marcam o trabalho e o olhar artístico do quadrinista que acabou de vencer o principal prêmio de Angoulême, festival de quadrinhos mais importante do mundo, justamente com "Escuta, Formosa Márcia", uma história sobre ingratidão, ruína e afeto. Aqui a resenha que escrevi.

Quintanilha falará mais sobre a conquista na conversa que vocês ouvirão a seguir. O troféu principal de Angoulême não chegou às mãos do artista por mero acaso. Há pelo menos uma década que Quintanilha é um dos quadrinistas mais relevantes do país. De sua obra também se destacam títulos como "Talco de Vidro", "Hinário Nacional", "Luzes de Niterói" e "Tungstênio", com o qual já havia vencido o Angoulême em 2016 na categoria focada em HQs policiais.

No papo, Quintanilha também falou sobre questões universais que trespassam seus personagens, o que provavelmente dá força para que trabalhos marcados por elementos bem brasileiros toquem leitores de diversos cantos do mundo. Ainda comentou a relação com o país após tanto tempo vivendo na Espanha, onde mora há duas décadas.

A foto de Marcello Quintanilha usada na arte do podcast foi feita por Luciana de Oliveira.

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