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A violência que se alastra e aterroriza: papo com Edyr Augusto
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São duras as histórias contadas por Edyr Augusto. Com uma prosa marcada pelas frases diretas, o ritmo acelerado, vertiginoso, os livros do autor são repletos de personagens tortos, que obedecem a uma moral particular ou de grupos específicos. Não que sejam meros monstros, não é disso que se trata. Há muita humanidade nessas narrativas.
Conheci Edyr em 2015, se não me engano, e li numa tacada o que tinha dele em mãos: "Os Éguas", "Casa de Caba" e "Moscow", o que mais me impressionou. No romance brevíssimo, ou uma novela, acompanhamos um grupo de jovens que espalha o horror pela até outrora pacata Mosqueiro, ilha próxima a Belém e para onde moradores da capital costumam ir para curtir uma praia de rio.
Aliás, é no Pará que se passam as histórias de Edyr, marcadas pela urbanidade e pelos problemas caros às grandes cidades."Moscow" saiu originalmente em 2002 e agora ganha uma nova edição, comemorativa de 20 anos (Boitempo). Esse livro que esteve no centro do papo que bati com o escritor.
São de Edyr ainda os romances "Belhell", de 2020, e "Pssica", de 2015, talvez o maior responsável por fazer com que o autor tenha, hoje, grandes admiradores espalhados por todo o país. O machismo, a forma como Belém serve de fonte primária para as histórias, a formação do estilo, as referências literárias e impressões sobre o futebol são alguns dos assuntos da conversa com Edyr Augusto.
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