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Os absurdos, as opressões e os caminhos infinitos de Franz Kafka
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Pode pegar qualquer lista de escritores mais importantes do século 20. Será muito improvável que Franz Kafka não esteja nela.
Kafka é um dos autores mais influentes da história recente da literatura. Seu olhar de mundo ecoa na obra de nomes como Jorge Luis Borges e José Saramago, só para ficarmos em dois outros gigantes do período. Ele nasceu em 1883 na República Tcheca, teve a formação fortemente marcada pela cultura judaica e escreveu em alemão. Viveu a Primeira Guerra Mundial e morreu em 1924, aos 40 anos.
As múltiplas influências sobre a própria identidade e o belicoso mundo que o cercava acabaram por impactar sua literatura. Uma literatura muito marcada pelos sistemas de opressão. Por indivíduos que sucumbem à impotência. Por personagens expostos a emaranhados tão complexos, com tantas possibilidades e poucas explicações, que terminam exauridos. Da minha parte, me lembro de Kafka sempre que preciso lidar com papeladas burocráticas ou me entender com o imposto de renda, algo que suga quase toda a minha vontade de viver.
Bem, os títulos mais famosos do escritor eu tenho certeza de que vocês conhecem, ao menos de nome: "A Metamorfose", "O Castelo", "Carta ao Pai", "Na Colônia Penal", "O Processo"... Há pouco, no entanto, chegou em nossas livrarias uma edição da obra de estreia de Kafka, bem menos familiar aos leitores. Falo de "Contemplação".
Publicado originalmente em 1912, o volume é composto por 18 contos breves ou brevíssimos, que às vezes soam como fragmentos de textos maiores ou tentativas de se fazer fotografias com palavras. Quem assina o prefácio do volume publicado pela Bandeirola (tradução de Marcus Tulius Franco Morais, ilustrações do próprio Kafka) é o escritor, pesquisador e crítico literário Braulio Tavares, um daqueles caras com quem podemos conversar durante horas e horas sobre uma infinidade de grandes escritores.
Braulio é autor de livros como "A Espinha Dorsal da Memória", organizador de coletâneas como "Detetives do Sobrenatural" e responsável pelo Mundo Fantasmo, blog que existe desde de 2008, um patrimônio a ser bem aproveitado por todos que se interessam por cultura. Aqui o caminho para a página.
Foi o Braulio que convidei, então, para esse papo sobre a obra de Franz Kafka.
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