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Eliana Alves Cruz, a escravidão e as marcas do passado em nosso presente
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Mabel é filha de Sérgio, um homem com vazio de futuro, e de Eunice, mulher que parece presa a violências transmitidas de geração a geração. É com Eunice que Mabel passa a sua infância e juventude. Pouco ficam em casa. Vivem boa parte dos dias no apartamento dos patrões, onde Eunice tem o seu pequeno quartinho.
É por meio do cruzamento das vidas de uma família cheia da grana e de seus funcionários - formais ou não - que "Solitária", novo romance de Eliana Alves Cruz, se constrói. Heranças da escravidão e da servidão, racismo e segregação, crianças impedidas de terem infância, adultos que nunca crescem, sonhos e a centralidade da educação no processo de crescimento pessoal e familiar são assuntos que marcam a obra.
Em "Solitária" (Companhia das Letras), Eliana olha para o presente para tentar entender como o passado segue a ecoar e a se reproduzir em nossos dias. Passado no qual a autora já se debruçou nos romances históricos "Água de Barrela" (Malê), "O Crime do Cais do Valongo" (Malê) e "Nada Digo de Ti, que em Ti não Veja" (Pallas).
Conversei com Eliana sobre a conexão entre as obras no papo que vocês ouvem no podcast. A forma como "Solitária" carrega traços da própria trajetória de Eliana e sua família, a estrutura do livro, o diálogo com autoras como Carolina Maria de Jesus e Conceição Evaristo e as conexões entre a carreira de escritora, o jornalismo e o esporte, universos nos quais Eliana já esteve mergulhada, também estão na conversa.
O podcast do Página Cinco está disponível no Spotify, na Apple Podcasts, no Deezer, no SoundCloud e no Youtube.
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