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Entre o horror e o humor: a fantástica Silvina Ocampo
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Silvina Ocampo é uma das autoras que mais influenciam parte do que há de melhor na atual literatura latino-americana. Reflexos do modo como a argentina lida com a fantasia entremeada ao real podem ser observados não só na obra de conterrâneas como Samanta Schweblin e Mariana Enríquez, mas também no trabalho de nomes como María Fernanda Ampuero e Mónica Ojeda, ambas do Equador.
Silvina nasceu em 1903 e morreu em 1993. Foi irmã de Victoria Ocampo, fundadora da mítica revista Sur, amiga de Jorge Luis Borges e esposa de Adolfo Bioy Casares. Em que pese a proximidade com esses outros grandes nomes e o período em que produziu, quando os olhos do mundo estavam voltados para a literatura latino-americana, apenas num passado mais recente que a importância de sua obra começou a ser de fato reconhecida.
Quando a coleção de contos "A Fúria" chegou ao Brasil, em 2019, 60 anos após a publicação original, em pouco tempo angariou uma boa porção de fãs. Agora, em 2022, outra reunião de histórias breves de Silvina chega aos leitores brasileiros pela Companhia das Letras. Falo de "As Convidadas", título que saiu na Argentina em 1961.
Um das principais responsáveis por trazer Silvina para o Brasil é a editora Livia Deorsola, também tradutora de Silvina para o português. É com Livia o papo que vocês ouvirão a seguir, gravado antes do segundo turno das eleições deste ano.
Na conversa, além de refletir sobre elementos da escrita da autora e de sugerir caminhos para conhecer a obra de Silvina, Livia repassa a história por trás da publicação dessas duas obras por aqui. É uma oportunidade para conhecer um pouco dos bastidores do mercado editorial.
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