Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.
Prêmio Menino do Acre: Colleen Hoover é a pior leitura de 2022
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Pelo histórico e pela consistência numa época pouco simpática a reconhecimentos culturais, já dá para dizer que se trata de honraria com alguma tradição. O autor que dá nome à distinção aparece tanto como primeiro vencedor quanto potencial hors-concours, em que pese seu sumiço. Depois disso, um time que merece (ou não) atenção ficou com a jaca.
Em 2018, Ernesto Araújo, até outro dia chanceler de Bolsonaro, levou graças ao seu conjunto de ficções assumidas: "A Porta de Mogar", "Xarab Fica" e "Quatro 3". No ano seguinte a premiada foi E. L. James, a mesma da trilogia "Cinquenta Tons de Cinza", graças ao que cometeu em "Mister". Em 2020, galardão para Rosangela Moro por toda a bajulação despejada em "Os Dias Mais Intensos - Uma História Pessoal de Sérgio Moro".
No ano passado, um sopro de modernização na dinâmica da coisa. Com "Ela Me Pediu Leite... Mas Eu Só Tinha Café", Marcos Bulhões, maior escritor brasileiro desde Machado de Assis (segundo ele mesmo), mostrou que o pouco desejado troféu também olha para a literatura feita em novas plataformas de publicação, como o Instagram.
Tudo começou em 2017. Bruno Borges arquitetou uma história pessoal cheia de mistérios. A imprensa ajudou a armar o circo e repercutiu bem as balelas rocambolescas do garoto que vivia em Rio Branco. O então jovem ficou conhecido como Menino do Acre e logo lançou o primeiro de uma prometida (e longa) série de livros. "TAC - Teoria da Absorção do Conhecimento" saiu por uma editora obscura e praticamente não ganhou atenção. Digo praticamente porque precisei encarar o negócio (o colega Cauê Muraro também passou por isso). Resenhado por razões profissionais, estabeleceu-se como a pior coisa já lida.
Nasceu, assim, o Prêmio Menino do Acre - Troféu Auto Revolucionar-se a Si Mesmo. Se outros veículos nos enchem com listas de melhores do ano, aqui olho para a outra ponta do histórico de leituras. Seja por necessidade, curiosidade, obrigação, castigo, falta de consideração comigo mesmo ou qualquer outro motivo mais ou menos razoável, o que de pior foi lido entre janeiro e dezembro?
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