Topo

Página Cinco

REPORTAGEM

Texto que relata acontecimentos, baseado em fatos e dados observados ou verificados diretamente pelo jornalista ou obtidos pelo acesso a fontes jornalísticas reconhecidas e confiáveis.

O elo entre Homero e as nossas violências: a vencedora do Jabuti de 22

Rodrigo Casarin

Colunista do UOL

31/03/2023 04h00

Receba os novos posts desta coluna no seu e-mail

Email inválido

Na abertura do podcast a poeta Luiza Romão recita o poema "Andrômaca", que fecha o livro "Também Guardamos Pedras Aqui" (Nós). Foi com esse título que Luiza levou dois troféus no Jabuti de 2022: nas categorias Poesia e Livro do Ano, a mais importante da premiação.

Na obra, Luiza estabelece conexões entre assuntos urgentes, como a violência contra a mulher, com o clássico fundador de nossas letras: "Ilíada", atribuída a Homero. "A literatura ocidental começou com uma guerra", lemos no primeiro verso do livro. Desde então o que temos é violência, poderia completar.

Luiza também é autora de "Sangria", "Coquetel Molotove" (ambos pelo selo do Burro) e do recém-lançado "Nadine" (Quelônio), que ficou de fora do papo, mas tem um poema dele para vocês lá no final do episódio. Poeta performática que transita entre as apresentações de saraus, os slams e os livros, faz mestrado em Teoria Literária e Literatura Comparada na USP e pesquisa o hibridismo entre poesia, performance e vídeo.

No papo que vocês ouvirão a seguir conversamos sobre como nasceu o livro que aproxima um texto com milhares de anos do mundo de hoje, a relação com os clássicos, a importância que a arte pode ter e, de forma talvez inusitada, certa influência de Os Cavaleiros do Zodíaco na caminhada de Luiza.

A foto de Luiza usada na arte do podcast foi feita por Álvaro Serrano Sierra. E aqui a tese mencionada pela autora.

O podcast do Página Cinco está disponível no Spotify, na Apple Podcasts, no Deezer, no SoundCloud e no YouTube.

Você pode me acompanhar também por essas redes sociais: Twitter, Instagram e Substack.