Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.
Dia do Livro Infantil: a boa literatura para pequenos e marmanjos
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A cada 18 de abril, quando a deixa para o texto se repete, recordo os livros que marcaram a minha infância. Os que primeiro vêm à cabeça são os mesmos: "Marcelo, Marmelo, Martelo", da Ruth Rocha, "O Menino Maluquinho", do Ziraldo, e "Meu Pé de Laranja Lima", do José Mauro de Vasconcelos. São títulos dos mais importantes na minha caminhada como leitor.
As tranqueiras de terror da série "Goosebumps", vendidas em edições bem simples nas bancas, vêm na sequência. Me lembro delas, acho, mais porque as histórias também estavam na TV e pela forma como meu pai se referia ao trabalho de R. L. Stine: Goosebobos. "Terror na Biblioteca" era o meu preferido. Monteiro Lobato, nascido num 18 de abril, daí a data para o Dia do Livro Infantil por aqui, tinha um espaço ínfimo no imaginário, estava distante dos meus interesses.
Não aproveitarei o dia para ficar em reminiscências. Fato é que, já adulto, trabalhando com livros, vez ou outra pego alguma obra infantil para ler. E não é raro gostar do que encontro. "Sagatrissuinorana", de João Luiz Guimarães e Nelson Cruz (ÔZé), por exemplo, é uma maravilha que cruza Guimarães Rosa com "Três Porquinhos" e tragédias ambientais em Minas Gerais. Levou o Jabuti de Livro do Ano em 2021 com méritos (tem papo com os autores no podcast).
María José Ferrada, chilena que conheci graças a "Kramp" (Moinhos, tradução de Silvia Massimini Felix), pequena joia da literatura latino-americana contemporânea, também me impressionou com seu trabalho para os pequenos. "Meu Bairro", feito em parceria com Ana Penyas, é um improvável livro infantil sobre a terceira idade. Outro de Ferrada e Penyas é "Mexique", história de quase 500 crianças, filhas de republicanos, enviadas para o México para fugir da guerra civil espanhola. Com a morte de boa parte dos pais, muitos desses pequenos virariam exilados políticos na América.
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