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REPORTAGEM

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Rafael Gallo, vencedor do Prêmio Saramago: não há garantias na literatura

Rodrigo Casarin

Colunista do UOL

28/04/2023 04h00

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Rômulo Castelo é um pianista virtuoso que busca a perfeição ao interpretar composições de rara dificuldade. Exigente ao extremo, cobra muito de todos ao redor. Não é fácil ser aluno de Rômulo. E parece ser ainda mais complicado viver sob o mesmo teto do artista. Sua esposa e seu filho que o digam.

Onde está o equilíbrio entre o rigor absoluto, destrutivo e, de certa forma, paralisante e a condescendência que tanto vemos por aí? Essa é uma pergunta que emerge da leitura de "Dor Fantasma" (Biblioteca Azul), livro que valeu a Rafael Gallo o Prêmio José Saramago de 2022.

Passamos por essa questão no papo do podcast. Também conversamos mais sobre Rômulo, um pianista clássico, tipo de personagem que destoa bastante do que temos encontrado na literatura contemporânea.

Esse é o terceiro livro de Gallo e o terceiro prêmio que recebe. Ele estreou em 2012 com "Réveillon e Outros Dias", com o qual venceu o Prêmio Sesc de Literatura na categoria Contos. Já o romance "Rebentar" valeu a Rafael o Prêmio São Paulo de Literatura em 2016 na categoria autor estreante. Os dois trabalhos saíram pela Record.

Apesar desses reconhecimentos, Gallo vinha pensando em desistir da carreira de escritor. Num período de dores fantasmas, de certa forma o Saramago salvou o escritor. Nunca há nada garantido na literatura, sublinha Rafael. Esse é outro assunto do papo que batemos.

A foto de Gallo usada na arte do podcast foi feita por Wilian Olivato.

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