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Bienal do Livro de São Paulo: 11 dicas para quem pretende ir ao evento

Começa na próxima sexta-feira (6) a 27ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo, um dos eventos do mercado editorial mais importantes do país. O encontro acontecerá até o dia 15 de setembro no Distrito Anhembi, na zona norte da capital paulista.

Sequem alguns conselhos para quem pensa em ir ao evento:

  • Fique esperto com os ingressos. Na última edição, entradas para os finais de semana se esgotaram. Antecipar a compra pela internet é a melhor forma de garantir que conseguirá visitar a Bienal no dia planejado. Dedique um tempo para se entender com o sistema de cashback para usar nos estandes.
  • Há distribuição prévia de senhas pela internet para os autógrafos de diversos autores. Se estiver interessado em algum deles, assegure o seu lugar na fila.
  • A Bienal é, acima de tudo, um evento do mercado editorial. Por lá há espaço para mais ou menos tudo o que cabe num livro: propaganda de influencers, papo de coach, histórias inspiradoras, proselitismos diversos, autoajuda, debates sobre assuntos urgentes do nosso tempo... tem até boa literatura. Vasculhe bem a programação antes de sair de casa. Saiba o que você quer ver e se ajeite para tal. Diferente de festas literárias, não costuma ser um bom lugar para flanar despreocupado e simplesmente trombar com um papo interessante.
  • Dividida em nove espaços, a programação oficial é gigante. E há muito mais. Diversos expositores organizam os próprios encontros em seus estandes. Desencane da ideia de querer saber tudo o que rola, mas veja o que editoras e outros expositores que merecem a sua atenção planejam.
  • Procura por um livro superdifícil de encontrar? Pois dificilmente será na Bienal que você irá achá-lo. Pequenas editoras não costumam participar do evento (é caro estar lá) e os estandes ficam abarrotados do que já vende bem por aí, não de preciosas raridades. Importante lembrar: o mercado editorial é muito mais diverso do que aquilo que podemos ver numa Bienal.
  • Dias de semana costumam encher de excursões escolares. Nos finais de semana o lugar fica abarrotado pelo público espontâneo. Vá com paciência e use tênis surrado. Vão mesmo pisar no seu pé ou atropelá-lo com malas que leitores levam para carregar os livros comprados.
  • Cuidado com os rios de estudantes: às vezes formam correntezas que impedem a passagem ou te levam por caminhos desconhecidos. Nos dias mais concorridos, se deslocar por corredores menos centrais costuma ser uma boa.
  • Bienais são eventos cada vez mais barulhentos, tenha consciência disso. Não adianta chegar lá e ficar de biquinho porque esperava meditar sobre livros como se estivesse na biblioteca de um mosteiro. A dica também vale para os autores que participarão dos encontros: deixem o ar blasé em casa.
  • Vá de barriga cheia. Comer por lá é correr grande risco de ter que encarar filas para pagar caro por algo bem mais ou menos (para ser gentil).
  • Vá de transporte público. Ônibus gratuitos sairão do metrô Portuguesa-Tietê e levarão o visitante de volta à mesma estação. O serviço costuma funcionar de forma bem satisfatória -- é o que uso mesmo quando vou para trabalhar. Quer ir de carro? Pois se prepare para desembolsar uma boa grana com estacionamento e pegar trânsito chato pelos arredores do Anhembi.
  • Convidada de honra desta edição, a Colômbia terá um espaço para divulgar seus autores. Vale dar atenção à literatura do país vizinho. Margarita García Robayo, Pilar Quintana, Juan Gabriel Vásquez e William Ospina são exemplos de autores para ir além de Gabriel García Márquez.

Extra - Anote minha agenda. Apareça para ouvir algum dos papos e dar um alô:

Sexta (6), às 18h, no estande Amazon Kindle, mediarei a conversa entre Gustavo Lambert, da TAG; Luara França, da Aleph; Pétala Souza e Isa Souza, ambas do Afrofuturas; sobre o papel do clube dos livros.

Terça (10), às 19h15, estarei com Samir Machado de Machado, autor de "Tupinilândia" e "O Crime do Bom Nazista" (Todavia), e Leonardo Padura, de "Pessoas Decentes" e "O Homem que Amava os Cachorros" (Boitempo), na Arena Cultural. A conversa será sobre o elo entre investigações criminais e momentos históricos.

Quarta (11), meio de campo da conversa entre Verônica Hipólito e Joanna de Assis* na Arena de Entrevistas Skeelo.

Também na quarta, às 18h, no Papo de Mercado, farei o meio de campo da conversa sobre tradução e revisão com Caetano Galindo e Ana Elisa Ribeiro.

Sexta (13), às 20h, estarei num dos espaços do Bibliosesc para mediar o papo "Brasil e Colômbia: Habitar com Palavras" com Socorro Acioli, de "A Cabeça do Santo" e "Oração Para Desaparecer" (Companhia das Letras), e com a poeta colombiana Andrea Cote.

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Atualização dia 9 de setembro, às 11h: a Joana do papo é a Joanna de Assis, não a Maranhão. Me mandaram o nome errado no convite.

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Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL

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