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Indiebookday: Um dia para as livrarias e editoras independentes

Livrarias e editoras pequenas, com curadoria bem definida do que editam ou colocam em suas prateleiras. Um negócio que costuma ter a cara —e o perfil intelectual— dos donos, normalmente as pessoas à frente da operação no dia a dia. São eles mesmos os editores ou livreiros. Há grana envolvida e expectativa de lucro, claro, mas as cifras não são a única razão da coisa existir.

Esboço um caminho para definir o que é uma editora ou uma livraria independente. Desconfio um pouco desse termo. Sempre somos dependentes de algo, de outras pessoas. Entendo, no entanto, a diferença entre quem edita uma dúzia de livros por ano ou tem uma loja em algum canto da cidade de concorrentes que precisam prestar contar a acionistas ou fazem malabarismos financeiros para manter toda uma cadeia de lojas onde o livro é tratado como produto qualquer.

Como escrevi ao falar sobre a feira Miolo(s), atentar-se ao que essas editoras estão publicando e essas livrarias estão vendendo é um caminho para conhecer uma faceta criativa, aguerrida e apaixonada do mercado editorial. Um lado negligenciado por quem vive enfiado entre grandes lançamentos, nomes retumbantes e listas dos mais vendidos.

Nesse sábado, acontecerá a edição deste ano do Indiebookday, ou Dia do Livro Independente. É uma ação que nasceu em 2013 em Hambugo, na Alemanha, por iniciativa da editora Mairisch. Desde então, o movimento se espalhou por países como Holanda, Itália, Portugal, Indonésia e, claro, Brasil.

A ideia é singela. Que os leitores saíam às ruas de suas cidades para visitar pequenas livrarias. Façam o passeio com calma, deem verdadeira atenção aos livros e comprem alguma publicação de uma editora independente. Compartilhar o achado usando a hashtag #indiebookday conecta leitores de diferentes cantos do mundo.

O Indiebookday é um chamado para que as pessoas dediquem parte do dia a visitar livrarias, o que é sempre uma boa ideia. Como é ótima a ideia de cinco livrarias de rua espalhadas pela Santa Cecília aproveitarem a data para lançarem a Zona Livreira, uma rota literária por um dos bairros mais "indies" de São Paulo.

Eis os espaços que fazem parte dessa Zona Livreira: Banca Tatuí, referência no trabalho com editoras independentes; a Livraria Gráfica, novidade dedicada aos livros sobre livros; a Ponta de Lança, também um café; o Sebo da Ponta; e o Sentimento do Mundo, focada em literatura contemporânea.

Três dessas livrarias estão na rua Barão de Tatuí, as outras duas ficam na rua Aureliano Coutinho. Quem quiser visitar todas numa pernada só, não precisará andar mais do que 800 metros. Cafés e bares pelo caminho podem deixar o passeio ainda mais interessante.

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2 comentários

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Mauricio Fleury da Silveira Mestieri

Ótimo ter várias livrarias espalhadas por todo lugar. Duro é encarar que a média de livros lidos por pessoa em 2024 foi de apenas 0,82; e apenas 27% dos brasileiros leram um livro inteiro nos três meses anteriores à pesquisa (dez/24). fonte: G1

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Clarissa L Magalhaes Viana

O autor poderia ter destacado no mapa a localização das livrarias, porque muitas vezes acabamos por não prestar atenção a elas na correria do dia a dia.

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